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Paula Fernandes: 'A sensualidade está ligada à libertação'

Na coletiva do novo EP, 'Qual Amor Te Faz Feliz?', Paula Fernandes fala sobre nova fase - na música e na vida pessoal -, o direito de pessoas LGBTQIA+ ao amor e provoca o mercado de música sertaneja: 'contratem mais mulheres!'

13 jun 2024 - 20h57
(atualizado às 21h31)
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O sertanejo por elas

Em 2009, quando Paula Fernandes emplacou o primeiro hit nacional, Pássaro de Fogo, aos 24 anos (ela começou a cantar aos 9), era a única representante feminina do sertanejo entre as mais tocadas nas rádios. "Entrei num mercado dominado por duplas masculinas, num sistema todo preparado para homens", diz.

Paula Fernandes fala sobre seu novo EP, 'Qual amor te faz feliz?' e o atual momento na carreira
Paula Fernandes fala sobre seu novo EP, 'Qual amor te faz feliz?' e o atual momento na carreira
Foto: Instagram/@paulafernandes / Estadão

Apesar dos avanços, diz que o cenário ainda é desfavorável às mulheres - facilmente perceptível no line up das maiores festas do gênero no país. "Sinto falta de ver uns rostinhos femininos pelos outdoors de shows que vejo por aí. É só aquela fileeeira de homem" E provoca: "Aviso aos empresários: contratem mais mulheres!".

Para ela, a dificuldade de renovação é reflexo cultural do próprio gênero. "O sertanejo, por si só, já teve uma penetração difícil em outros estados. E, como era predominantemente masculino, foi ainda mais difícil para nós". Sentia-se estranha por ser uma voz única, artista solo, em um gênero consagrado por duplas - Leonardo e Daniel, por exemplo, passaram a cantar solo após a morte de seus companheiros, Leandro e João Paulo, assim como aconteceu com algumas duplas caipiras.

Quando surgiu, o sertanejo universitário dominava as paradas. Com canções românticas e bucólicas, Paula era um fenômeno fora da curva.

Desde então, vem lidando com a fama como pode. Do melhor jeito possível, claro. No fim da coletiva, revela arrepender por ter se calado enquanto especulavam sobre sua vida: "Se eu tivesse rede social naquela época, não teria me calado para críticas e fake news. Teria coragem de olhar pra câmera e dizer 'eu não sou essa pessoa".

E como é Paula Fernandes? "Eu sou discreta, introspectiva. Como pelas beiradas, como todo mineiro", diz. Nessa nova era, parece querer tomar as rédeas da própria imagem.

Estadão
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