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Morre Ozzy Osbourne, lenda do rock, aos 76 anos; relembre sua trajetória

Cantor britânico, conhecido como o 'Príncipe das Trevas', fez história na música com o Black Sabbath e na carreira solo

22 jul 2025 - 15h28
(atualizado às 18h55)
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Ozzy Osbourne, lenda do rock que fez história na música com o Black Sabbath e na carreira solo, morreu aos 76 anos. A informação foi confirmada pela família na página do artista nas redes sociais.

Um comunicado diz: "É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que informamos que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento."

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A causa da morte de Ozzy não foi divulgada, embora Osbourne tenha enfrentado vários problemas de saúde nos últimos anos, como a doença de Parkinson. Em 2020, ele também revelou que tinha enfisema, uma doença pulmonar causada pelo tabagismo.

Além de fumar, o roqueiro abusou de álcool, drogas e medicamentos durante a maior parte de sua vida adulta.

Ao ouvir o primeiro sucesso dos Beatles aos 14 anos, ele se tornou fã da banda e creditou a canção de 1963 She Loves You por inspirá-lo a se tornar um músico.

Com mais de 100 milhões de discos vendidos na carreira, Osbourne foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame como membro do Black Sabbath (2006) e como artista solo (2024).

Osbourne integrou o Black Sabbath - com Tony Iommi (guitarra), Bill Ward (bateria) e Geezer Butler (baixo) - desde sua formação, em 1968, até 1979, quando foi demitido devido ao abuso de álcool e drogas. Nesse período, gravou álbuns considerados fundamentais para o metal, como Black Sabbath (1970), Paranoid (1970), Master of Reality (1971) e Sabbath Bloody Sabbath (1973).

O nome da banda surgiu quando Ozzy e Iommi passaram em frente a um cinema no qual estava passando o filme de terror As Três Máscaras do Terror (Black Sabbath), e pensaram: "As pessoas pagam para ver isso? Para sentir medo? Pode ser que dê certo", e então adotaram tal nome para o conjunto e passaram a compor músicas sobre morte e temas similares.

O álbum de estreia homônimo do Sabbath foi comparado ao Big Bang do heavy metal. Ele saiu durante o auge da Guerra do Vietnã e estragou a festa hippie, revelando ameaça e presságio. A capa do disco mostrava uma figura assustadora contra uma paisagem desolada. A música era forte, densa e raivosa, e marcou uma mudança no rock n' roll.

Após deixar a banda britânica, ele iniciou uma bem-sucedida carreira solo com o disco Blizzard of Ozz (1980), lançando ao todo 13 álbuns de estúdio e emplacando sucessos como Crazy Train, Mr. Crowley, Mama, I'm Coming Home, Bark at the Moon e No More Tears.

Nos anos 1980, ocorreu um dos episódios mais folclóricos de sua carreira, quando um fã, durante o show, atirou um morcego ao palco e Ozzy, acreditando se tratar de um artefato de plástico, mordeu a cabeça do animal e acabou tendo que tomar várias vacinas antirrábicas. O medicamento causou-lhe choques anafiláticos, entre outros problemas de saúde. Por isso, houve grande repercussão por parte da imprensa, bem como entidades de proteção aos animais a protestarem contra os espetáculos do astro.

Outra história famosa, que se tornou notória após ser retratada no filme The Dirt sobre o grupo americano Mötley Crüe, foi confirmada pelo próprio Ozzy. Ele admitiu que, estando bêbado, cheirou uma fileira de formigas durante uma turnê com o Mötley Crüe em 1984.

No final de 1996, Ozzy e sua mulher e empresária Sharon Osbourne promoveram a primeira edição do Ozzfest, onde se apresentaram (entre outros): Sepultura, Slayer, Powerman 5000, Biohazard, Fear Factory e Cellophane. O evento teve várias edições nos anos posteriores, sempre com foco na divulgação da música pesada.

Despedida dos palcos

No último dia 5, o músico se despediu dos palcos em uma apresentação histórica com o Black Sabbath na Inglaterra. Sem conseguir ficar de pé por conta de problemas de saúde, trouxe seu visual inspirado nas trevas para o palco em um grande trono preto e se esforçou para entregar uma apresentação à altura de sua trajetória.

Ozzy apareceu sentado em um 'trono das trevas' feito de couro preto e com um crânio em cada lado. Cantou sucessos como Crazy Train, Iron Man e Paranoid, que encerrou o show. De olhos vidrados, Ozzy pedia à plateia que cantasse junto: "Mais alto! Mais alto!". E lá se foram os últimos versos: "And so, as you hear these words telling you now of my state, I tell ou to enjoy life. I wish i could, but it's too late". Traduzindo, algo como: "E então, enquanto você ouve essas palavras que conto sobre o meu estado, te digo para aproveitar a vida. Eu gostaria que eu pudesse, mas é tarde demais".

O cantor não fazia um show completo desde 2018, e nenhuma aparição pública desde 2022. Conforme o The Guardian, a apresentação chegará aos cinemas no ano que vem sob o título Back To The Beginning: Ozzy's Final Blow.

Em 2023, o cantor anunciou sua aposentadoria das turnês. Acometido por problemas de saúde, ele disse pelas redes sociais que iria cancelar todos previstos para aquele ano: "Nunca imaginei que meus dias de turnê acabariam dessa forma", disse.

Ele fez apresentações no Brasil nos anos de 1985, 1995, 2008, 2011, 2013, 2015, 2016 e 2018.

A estreia em solo nacional foi em grande estilo. Ozzy foi o primeiro artista a assinar contrato para a primeira edição do festival Rock in Rio, realizada em janeiro de 1985 no Rio de Janeiro. Levou uma década até que o cantor, já em 1995, retornasse ao País.

A última turnê brasileira foi em 2018, intitulada No More Tours 2, com shows em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Estadão
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