Lizzo na mira da justiça: trecho com Sydney Sweeney vira dor de cabeça judicial
Cantora é acusada de infringir direitos autorais ao divulgar música não lançada com referência à atriz e trecho de composição protegida
A cantora Lizzo, conhecida por seu estilo irreverente e letras empoderadas, está no centro de uma nova controvérsia judicial. As informações são da revista Variety.
A artista foi processada por uma empresa sediada na Geórgia, que a acusa de violação de direitos autorais ao utilizar um trecho de uma composição protegida em uma música ainda não lançada. O caso ganhou repercussão após Lizzo publicar nas redes sociais um vídeo curto em que canta parte da faixa, intitulada I'm Goin' In Till October.
O ponto central da disputa é o uso de um sample da música Win or Lose (We Tried), cuja propriedade editorial pertence à empresa The GRC Trust. Segundo os documentos apresentados no tribunal da Califórnia (EUA), Lizzo teria incorporado elementos da canção sem autorização prévia, o que configura infração de copyright.
A composição original é creditada ao artista Sam Dees, com Jimmy Ginn listado como detentor dos direitos de publicação no banco de dados da BMI.
Além do uso do sample, o trecho divulgado por Lizzo inclui uma referência direta à atriz Sydney Sweeney, estrela de campanhas publicitárias recentes da marca American Eagle. A linha I got good jeans like I'm Sydney foi interpretada como uma sátira à repercussão midiática em torno da atriz e sua associação com a marca. Embora a frase tenha gerado comentários nas redes sociais, o foco da ação judicial permanece na questão do uso não autorizado da música original.
Os advogados da GRC Trust alegam que Lizzo e sua gravadora, Atlantic Records, lucraram com a divulgação do conteúdo, mesmo que a música não tenha sido oficialmente lançada ou monetizada. Eles afirmam que tentaram resolver o impasse de forma informal, mas não obtiveram acordo, o que levou à abertura do processo. A empresa busca reparação financeira, incluindo os lucros obtidos, indenizações e pagamento de honorários advocatícios.
Representantes de Lizzo declararam surpresa com a ação judicial
Em resposta, representantes de Lizzo declararam surpresa com a ação judicial e reforçaram que a música não foi comercializada. A defesa argumenta que o trecho divulgado nas redes sociais não configura exploração comercial e que não houve intenção de infringir direitos autorais. Ainda assim, o caso segue em andamento e poderá ter implicações importantes para artistas que compartilham conteúdos não oficiais em plataformas digitais.
Este não é o primeiro processo enfrentado por Lizzo envolvendo direitos autorais. Em 2019, a cantora foi acusada de plágio na música Truth Hurts, que liderou as paradas por semanas. Na ocasião, a disputa girou em torno de uma frase popularizada por um tweet da artista Mina Lioness, que acabou sendo creditada como coautora da canção após acordo judicial.
O novo processo reacende o debate sobre os limites do uso de samples e referências culturais na música contemporânea. Com a crescente presença de artistas nas redes sociais e a prática comum de divulgar trechos de músicas antes do lançamento oficial, questões legais como essa tendem a se tornar mais frequentes.
O caso de Lizzo pode servir como exemplo para outros músicos sobre a importância de garantir os direitos de uso antes de compartilhar qualquer conteúdo publicamente.
*com uso de Inteligência Artificial na pesquisa sobre o assunto