Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Em velório de Emílio Santiago, cantor o compara a Nat King Cole

20 mar 2013 - 16h22
(atualizado às 16h22)
Compartilhar
Exibir comentários

Amigo de Emílio Santiago há mais de 30 anos, o cantor e compositor Marcos Valle elogiou o músico durante o seu velório, que aconteceu nesta quarta-feira (20), na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. "O que me chamou atenção (em Emílio) foi o timbre da voz dele. Ele tinha um timbre inusitado no Brasil. Os grandes cantores antigos tinham aquele volume de voz. Mas ele tinha uma voz quente, aveludada, que o Nat King Cole tinha nos Estados Unidos”, relembrou Valle sobre a época em que os dois se conheceram, em um festival nos anos 1970.

“Quando o vi, ele era muito jovem, mas percebi o talento que aquele cara teria. E vi também muita vontade nele. Naquela hora, percebi que ele poderia ser o intérprete que acabou sendo depois. Naquele momento, o timbre da voz do Emílio era uma coisa imbatível”, continuou o músico, que anos depois iria compor várias canções interpretadas por Emílio. “Minha saudade dele é muito grande", finalizou.

Emílio Santiago morreu na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O enterro será na quinta-feira (21), no Memorial do Carmo, às 11h.

De advogado a cantor de MPB

Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.

Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.

Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.

Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade