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Baterista é demitido após recusar vacina contra a covid-19

Pete Parada estava com 'The Offspring' desde 2007 e não se imunizou por conta de uma doença autoimune

4 ago 2021 - 17h26
(atualizado às 19h05)
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O baterista norte-americano Pete Parada afirmou em uma publicação em suas redes sociais ter sido desligado da banda The Offspring por não ter se vacinado contra a covid-19. Segundo o músico, a decisão de não se imunizar foi tomada por motivos médicos, pois ele sofreu com a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune de causa desconhecida que provoca um ataque do sistema imunológico ao sistema nervoso do paciente.   

Pete Parada era baterista da banda 'The Offspring' desde 2007
Pete Parada era baterista da banda 'The Offspring' desde 2007
Foto: Reprodução/Instagram

"Dado meu histórico médico pessoal e os efeitos colaterais dessas vacinas, meu médico me aconselhou a não me imunizar desta vez. Eu fui infectado pelo vírus há mais de um ano, os sintomas foram leves para mim - então eu estou confiante de que seria capaz de lidar com eles novamente, mas não estou tão certo de que sobreviveria outro caso de Síndrome de Guillain-Barré após tomar uma vacina, algo que vem desde a minha infância e evoluiu progressivamente cada vez pior ao longo de minha vida", escreveu o músico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou sobre casos raros dessa síndrome relacionados à vacinação contra a covid-19. Até o dia 28 de julho, de acordo com a agência, 34 pessoas vacinadas foram diagnosticadas com o problema no Brasil. É válido reforçar que mais de 106 milhões de brasileiros já se vacinaram sem qualquer tipo de efeito colateral semelhante.

O líder do grupo punk, Dexter Holland, aproveitou a quarentena para concluir um doutorado em biologia molecular, investigando mecanismos de infecções virais do HIV. É possível que essa especialização tenha contribuído para a decisão da banda de não continuar com Parada, que integrava o Offspring desde 2007, na bateria.

O baterista ainda completou sua publicação dando a entender que não concorda com o que ele chamou de "obrigação da indústria". "Eu apoio o consentimento informado - o que demanda um escolha não contaminada pela coerção. Não acho ético ou sábio permitir que aqueles com mais poder (governos, corporações, organizações, empregadores) ditem procedimentos médicos aos que têm menos poder", escreveu Parada.

Embora vários locais nos Estados Unidos estejam permitindo apenas a entrada de pessoas vacinadas, a vacinação não é obrigatória, como o músico deu a entender. No país, um estudo do Departamento de Saúde do Estado de Washington mostrou que 94% dos novos casos, hospitalizações e mortes decorrentes da covid-19 estavam concentrados em pessoas não imunizadas. Apenas pouco mais de 60% das pessoas aptas a receber a vacina nos EUA já o fizeram.

Estadão
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