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Álbum da Semana: George Harrison com os 50 anos de "All Things Must Pass"  

9 ago 2021 - 15h46
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Assim que ocorreu a dissolução dos Beatles em abril de 1970, George Harrison (1943-2001) se preparava para lançar o seu marcante álbum solo All Things Must Pass que o tempo provaria ser um dos discos mais influentes e espetaculares da história do rock. Meio século se passou desde aquela época e o apelo musical do disco continua atual, tornando-se um clássico.

Foto: Universal Music | Capitol Records / The Music Journal

All Things Must Pass, produzido por George Harrison e Phil Spector (1939-2021), mostrou-se um trabalho ambicioso do saudoso cantor britânico, que envolveu o lado espirituoso do artista e a reunião de grandes músicos em sua concepção.

Considerado o primeiro álbum triplo de estudio, o disco mergulha em sua pluralidade de ideias, abrangendo diversos gêneros musicais com o rock, country, gospel, blues, pop, folk, R&B, além da música clássica indiana e músicas devocionais.

"Eu ainda gosto das músicas do álbum e acredito que elas podem continuar a viver mais do que o estilo em que foram gravadas. Foi difícil resistir à remixagem de cada faixa. Após todos estes anos, gostaria de liberar algumas das canções da grande produção que parecia apropriada na época", disse George Harrison em 2001.

Foto: Universal Music | Capitol Records / The Music Journal

Agora, All Things Must Pass entra em seu 50º aniversário com um material completamente remixado dos tapes originais, com a produção executiva assinada pelo filho do artista, Dhani Harrison, produção de David Zonshine e mixagem do premiado engenheiro Paul Hicks.

"Desde o lançamento da mixagem em estéreo do 50º aniversário da faixa-título do lendário álbum 'All Things Must Pass' do meu pai, em 2020, meu querido amigo Paul Hicks e eu continuamos a cavar através de montanhas de fitas, para restaurar e apresentar o resto desta edição recém-remixada e expandida do álbum, que você agora pode ver e ouvir", diz Dhani Harrison. "Trazer maior clareza sônica a este disco sempre foi um dos desejos de meu pai e era algo em que estávamos trabalhando juntos até que ele faleceu em 2001. Agora, 20 anos depois, com a ajuda de novas tecnologias e do extenso trabalho de Paul Hicks, realizamos este desejo e apresentamos a vocês este lançamento muito especial do 50º Aniversário de talvez sua maior obra de arte. Todos os desejos serão realizados", conclui o músico.

Duas semanas após o fim dos Beatles, George Harrison passou dois dias gravando o então novo material para All Things Must Pass, que resultou em 30 demos produzidas no Studio Three de Abbey Road em St. John's Wood em Londres. No primeiro dia de atividades, em 26 de maio de 1970, Harrison gravou 15 faixas com o apoio de Ringo Starr e de seu amigo de longa data, o baixista Klaus Voormann. No dia seguinte, Harrison tocou mais de 15 canções para o co-produtor Phil Spector.

O conjunto de canções do álbum é o resultado de um material guardado por Harrison por quase meia década, que inclui Wah-Wah, Beware of Darkness, Run Of The Mil e Isn't It A Pity - todas que não foram gravadas pelos Beatles.

What Is Life foi escrita por George Harrison antes da estreia solo de Billy Preston (1946-2006) na Apple Records. Ele também foi reconhecido como o quinto beatle, depois de seu elogiado trabalho nas sessões que resultaram no derradeiro Let It Be de 1970

George Harrison reuniu um grande time de músicos, todos amigos do ex-beatle, como Ringo Starr, Klaus Voormann, Billy Preston, Eric Clapton, Carl Radle, Bobby Whitlock e Jim Gordon - esses três, que seriam conhecidos futuramente como Derek and the Dominos e lançariam o clássico Layla - Pete Ham (Badfinger), Tom Evans, Joey Molland, Mike Gibbons, Peter Frampton e Jerry Shriley - estes dois, ambos do Humble Pie, Gary Wright, Alan White, Dave Maso (Traffic), Gary Brooker (Procol Harum), Bobby Keys, Jim Price, Pete Drake e John Barham.

Ouça a versão comemorativa e expandida do clássico All Things Must Pass de George Harrison:

The Music Journal The Music Journal Brazil
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