Motorista por app que confessou morte de trans após levar corpo a delegacia é preso
Homem que confessou ter matado mulher trans com 'mata-leão' na Bahia é indiciado e preso
A prisão do jovem apontado como autor da morte de Rhianna Alves movimentou a região oeste da Bahia nesta quarta-feira (10). O rapaz de 19 anos, que assumiu o crime cometido no último sábado (6) em Luís Eduardo Magalhães, foi localizado pela Polícia Civil em Serrinha, a mais de 900 km do local onde tudo ocorreu. Segundo as autoridades, ele já era investigado desde que levou o corpo da vítima à delegacia logo após o episódio.
De acordo com o delegado Leonardo Mendes Júnior, a Justiça autorizou a prisão preventiva do acusado depois da conclusão do inquérito. Ele explicou que o suspeito foi indiciado por feminicídio e passará por exames no Departamento de Polícia Técnica. A vítima, que era influenciadora digital e acumulava seguidores mostrando sua rotina, foi atacada com um golpe conhecido como "mata-leão", segundo o próprio investigado relatou em depoimento.
Avanço das investigações e repercussão pública
O jovem afirmou ter discutido com Rhianna após um encontro íntimo e alegou que reagiu ao supor que ela pudesse pegar um objeto na bolsa. Mesmo após se apresentar espontaneamente, a polícia detalhou que ele foi liberado inicialmente porque "confessou o crime e não havia situação de flagrante". A dinâmica do caso reacendeu debates sobre lacunas legais envolvendo prisões imediatas.
A morte de Rhianna Alves gerou forte mobilização nas redes sociais, levando entidades e autoridades a acompanharem de perto o andamento do processo. Representantes da OAB-BA afirmaram que o episódio preocupa pela violência envolvida. "Ele proferiu um mata-leão e matou, de fato, essa mulher trans", declarou Ives Bittencourt, reforçando que a comissão continuará monitorando cada etapa das investigações.
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