Milagre? Condenado à morte é salvo no último minuto
Um condenado à morte nos Estados Unidos foi salvo no último minuto em decisão histórica
Tremane Wood, encarcerado desde 2002, enfrentou nesta quinta-feira (13) um dos capítulos mais tensos de sua história no sistema penal dos Estados Unidos. Condenado por um assalto que terminou em morte, ele aguardava a execução por injeção letal, marcada para as 10h, em Oklahoma. Minutos antes do procedimento, porém, o governador Kevin Stitt surpreendeu ao converter a pena em prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, interrompendo uma preparação que já estava totalmente concluída.
Ao longo dos anos, Wood, atualmente com 46 anos, insistiu que não foi responsável pelo disparo que matou um jovem imigrante de 19 anos. Ele sempre afirmou que o tiro partiu de seu irmão, Zjaiton, que morreu na prisão em 2019. Em um vídeo usado pela defesa, Wood declarou: "Não sou um monstro, não sou um assassino. Nunca fui", reforçando que o irmão havia assumido envolvimento em outros crimes violentos.
Debate reacendido sobre falhas judiciais
A comutação ocorreu após uma tentativa frustrada da defesa na Suprema Corte dos EUA. Promotores sustentavam que Wood representava risco contínuo ao sistema prisional, citando supostas ligações com tráfico de drogas, contrabando e incitação à violência. Apesar disso, o Conselho de Indultos recomendou clemência, algo incomum durante o mandato de Stitt, que havia concedido apenas uma anteriormente.
A decisão abriu espaço para questionamentos sobre a pena de morte, possíveis erros processuais e o uso de sentenças extremas. O Conselho apontou inconsistências no caso e destacou que a insistência de Wood na própria inocência, ao longo de duas décadas, merecia nova consideração. Com isso, Stitt tomou a medida extraordinária que impediu que a execução fosse concluída.