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Mangá, o quadrinho japonês que conquistou o mundo

Descubra o que é mangá, como se diferencia de outros quadrinhos e conheça o mangá mais vendido da história e suas adaptações

22 dez 2025 - 15h03
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O mangá faz parte do cotidiano cultural de milhões de pessoas no Japão e em diversos países, inclusive no Brasil. Normalmente associado a histórias em preto e branco, personagens marcantes e leitura de trás para frente, esse tipo de quadrinho tem uma forma própria de narrativa. Entender o que é um mangá, como ele se diferencia de outros quadrinhos e quais obras se destacam em vendas ajuda a compreender por que esse formato se tornou tão presente em livrarias, plataformas digitais e serviços de streaming.

Ao longo das últimas décadas, o mangá deixou de ser um produto restrito ao público japonês e passou a ganhar espaço em prateleiras do mundo inteiro. Editoras ampliaram catálogos, surgiram eventos dedicados e adaptações para anime, cinema e jogos se multiplicaram. Esse movimento transformou o mangá em um fenômeno global, com impacto na indústria do entretenimento e até na forma como outras mídias contam histórias.

O que é mangá e como funciona esse tipo de quadrinho?

O termo mangá se refere a histórias em quadrinhos produzidas no Japão, com características visuais e narrativas específicas. A publicação costuma ser seriada em revistas semanais ou mensais, em capítulos, antes de ser reunida em volumes encadernados chamados tankōbon. A leitura tradicional é feita do fim para o começo, ou seja, da direita para a esquerda, tanto na ordem das páginas quanto na disposição dos quadros.

Visualmente, o mangá se destaca pelo uso intenso de preto e branco, com tramas e sombreados que substituem a cor na criação de atmosfera. Personagens têm traços marcados, olhos expressivos e estilos variados, que vão do realismo ao traço mais caricatural. A narrativa costuma dedicar espaço às emoções, aos conflitos internos e ao desenvolvimento progressivo dos protagonistas, o que permite arcos de história longos e detalhados.

Outro ponto importante é a segmentação por público. Entre as principais categorias estão shōnen (voltado para adolescentes, com foco em ação e amadurecimento), shōjo (geralmente centrado em relações afetivas e dramas pessoais), seinen (temas mais maduros) e josei (histórias voltadas ao cotidiano e à vida adulta). Essa divisão não impede que leitores de diferentes faixas acompanhem as mesmas obras, mas orienta o tom e os temas trabalhados.

Diferente dos quadrinhos ocidentais, costuma ser criado por um único autor e explora arcos contínuos e desenvolvimento profundo dos personagens – depositphotos.com / boaphotostudio
Diferente dos quadrinhos ocidentais, costuma ser criado por um único autor e explora arcos contínuos e desenvolvimento profundo dos personagens – depositphotos.com / boaphotostudio
Foto: Giro 10

Em que o mangá se difere de outros quadrinhos?

Quando comparado a quadrinhos de outros países, como os comics norte-americanos ou as bande dessinée franco-belgas, o mangá apresenta diferenças marcantes. Uma delas é o formato de publicação seriada em grande volume, o que permite acompanhar a trajetória de personagens por muitos anos, com dezenas ou até centenas de capítulos. Esse modelo favorece o vínculo prolongado do público com a obra.

Nos comics, é comum que personagens pertençam a grandes editoras, com múltiplos roteiristas e desenhistas assumindo diferentes fases da mesma franquia. Já no mangá, uma única dupla ou mesmo um único autor, o mangaká, costuma ser responsável por toda a obra, do início ao fim. Isso gera uma linha narrativa mais coesa, com um planejamento de longo prazo que, em geral, leva a um desfecho definido.

Outra diferença está na estética e na diagramação das páginas. O mangá tende a explorar bastante o ritmo visual, usando quadros grandes para cenas de impacto, páginas duplas para batalhas ou momentos emotivos e onomatopeias integradas ao desenho. A ausência de cor na maior parte das páginas também muda a forma de leitura, destacando linhas, expressões e enquadramentos.

  • Leitura do mangá: da direita para a esquerda.
  • Leitura dos comics ocidentais: da esquerda para a direita.
  • Mangá: geralmente em preto e branco.
  • Outros quadrinhos: com maior uso de cores.
  • Mangá: foco em longas séries e arcos contínuos.
  • Comics: muitas vezes organizados em fases e reboots.

Qual é o mangá mais vendido da história?

De acordo com dados atualizados até 2025, o mangá mais vendido da história é One Piece, criado por Eiichiro Oda. Publicada desde 1997 na revista Weekly Shōnen Jump, a série ultrapassou a marca de 500 milhões de cópias em circulação mundialmente, somando edições impressas e digitais. Esse número inclui vendas no Japão e em diversos países em que a obra foi licenciada.

One Piece acompanha a jornada de Monkey D. Luffy e sua tripulação em busca do tesouro lendário que dá nome à série. A combinação de aventura, fantasia, humor e drama contribuiu para manter o interesse do público por quase três décadas. O ritmo de lançamento de capítulos semanais e o constante crescimento do mundo ficcional também ajudaram a ampliar a base de leitores.

Esse desempenho comercial faz com que One Piece supere outras séries muito populares, como Golgo 13, Dragon Ball e Naruto, em números totais de circulação. A obra tornou-se um dos principais símbolos da indústria de mangás e ajudou a consolidar o formato no mercado internacional.

One Piece é o mangá mais vendido da história, com mais de 500 milhões de cópias, e se tornou uma franquia global com anime, filmes e série live-action – depositphotos.com / ellysonn
One Piece é o mangá mais vendido da história, com mais de 500 milhões de cópias, e se tornou uma franquia global com anime, filmes e série live-action – depositphotos.com / ellysonn
Foto: Giro 10

O mangá mais vendido ganhou filme ou animação?

One Piece recebeu uma das adaptações mais extensas entre mangás de sucesso. Em 1999, começou a ser exibida a série de anime baseada na obra, inicialmente produzida pelo estúdio Toei Animation. Desde então, o desenho animado vem acompanhando a história do mangá, com centenas de episódios e arcos que cobrem praticamente toda a trama original, com raras exceções de histórias exclusivas para a TV.

Além da série de TV, One Piece já gerou diversos filmes animados lançados nos cinemas japoneses, muitos deles com roteiros originais aprovados pelo autor ou com participação direta de Eiichiro Oda na supervisão. Títulos como One Piece Film: Strong World, Gold e Red tiveram distribuição internacional, chegando também a plataformas de streaming e serviços digitais.

No campo das produções em live-action, a franquia ganhou em 2023 uma série com atores reais lançada por uma grande plataforma de streaming global. A adaptação reconta os primeiros arcos da história, apresentando Luffy e os membros iniciais da tripulação para um público que, muitas vezes, não tinha contato prévio com o mangá ou o anime. Essa expansão para diferentes formatos reforça como um mangá de grande alcance pode se transformar em uma franquia multimídia.

Por que o mangá segue tão presente no mercado atual?

O interesse contínuo por mangás, em 2025, está ligado a uma combinação de fatores. Entre eles estão o acesso digital facilitado, a diversidade de gêneros - que vai de ação e fantasia a drama cotidiano e esportes - e a forte presença de adaptações em anime, filmes e jogos. A possibilidade de acompanhar personagens por anos, em narrativas de longo prazo, cria um vínculo duradouro com o público.

Obras como One Piece ajudaram a consolidar o formato e abrir espaço para que novos títulos também ganhem destaque fora do Japão. Assim, o mangá se mantém como parte importante do cenário dos quadrinhos mundiais, com um estilo próprio, diferentes públicos e uma capacidade contínua de gerar novas histórias, produtos e adaptações.

Giro 10
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