Lucas Leto em nova fase: 'Foi demais interpretar um lobo-guará'
Após o sucesso como Sardinha em Vale Tudo, o ator Lucas Leto estreia na série Vermelho Sangue, do Globoplay
Animado com os novos desafios da carreira, Lucas Leto celebra o momento em que o público o vê em papéis completamente diferentes — do realismo de Vale Tudo à fantasia sombria de Vermelho Sangue. O ator revela bastidores da caracterização de um lobo-guará, relembra os aprendizados com a dança e comenta sobre o carinho dos fãs e colegas de elenco.
Como foi embarcar nesse universo de terror e fantasia da série Vermelho Sangue?
"Foi demais! A gente que é do Brasil, cresce assistindo a muitas coisas americanas. Eu pensava: "Nossa, quanto dinheiro, quanta produção, quantos efeitos especiais. Como seria se algo nesse nível fosse feito no Brasil?" E acho que Vermelho Sangue chega a esse lugar. É uma história extremamente brasileira, ambientada no interior de Minas Gerais. Não tem lobisomem americano, aqui é lobo-guará, que é o nosso, inclusive eu faço um, o Ruan é um lobo-guará do mato, com muito efeito especial e muito investimento. Acho que a Globo nunca fez nada desse tipo. Talvez o Brasil nunca tenha produzido uma série de fantasia nesse nível".
Você acredita em lobisomem?
"Eu acredito. Eu vim da Bahia, de Salvador, e também tenho parte da família no interior. E, no interior, eu sempre ouvi sobre lenda de lobisomem, do chupacabra, da mula sem cabeça. Eu acho que tem muitos mistérios aí na vida que a gente não consegue explicar, né? Vai que tem essas entidades aí do mato".
Como foi interpretar um lobo?
"Olha que desbunde para um ator! A gente trabalha o tempo todo com o realismo, naturalismo, que é como a gente é mesmo. Então, poder fazer uma coisa que foge disso, do ser humano, é demais! Como é que o bicho anda? Ele não anda como a gente. Como ele respira? Como se move? Como enxerga? Foi muito legal! Essa construção me lembrou muito a minha época no teatro, com 11 anos de idade, no Bando de Teatro Olodum. Eu pesquisei como é o andar do lobo-guará, o jeito que é, é muito bonito. Tem muitas coisas interessantes. Eles têm as patas muito longas e quando vão comer alguma coisa no chão, eles praticamente deitam para comer, tem um jeito de se inclinar. E conversando com o pessoal de Minas Gerais, eles falaram que os machos começaram a aprender com as fêmeas que era mais fácil deitar mesmo. Então imagina isso, para mim, que sou um ator, pensar como é que vou sentar pensando no lobo-guará".
Chegou a ver um lobo pessoalmente?
"Vi! A gente foi para o interior, numa igreja abandonada, que é um convento e é um lugar onde os lobos vivem em liberdade. Todo dia, às 20h, os padres colocam verduras e carnes no chão e eles vêm comer. Quem se hospeda lá consegue ver e eu vi. São enormes, não foram agressivos, mas são desconfiados".
Além da série, você esteve recentemente na Dança dos Famosos. Já dançava antes?
"Eu fui indo de uma forma que nem eu estava acreditando [risos]. Porque, assim, eu sempre gostei muito de atuar, sempre foi minha paixão desde os 11 anos, e com o teatro eu encontrei o canto, mas nunca fui um bom dançarino. Eu fiz até alguns musicais grandes, mas sempre ficava na última fila, sabe?".
Por vergonha?
"Não, porque não era tão bom mesmo e aí me botavam lá atrás para ninguém me ver [risos]. Mas pensei que a Dança dos Famosos poderia ser a oportunidade de ir para a fileira da frente, de não ter medo, me dedicar. Foi um caminho bonito".
Este ano você também fez o Sardinha, no remake de Vale Tudo. Imaginou que ele iria se destacar tanto na história?
"Eu não imaginava. Eu quis dar o meu melhor. Acho que a essência do Sardinha foi muito legal desde o início, eu já via no texto que ele seria um cara ácido, mas também muito ético, pé no chão e que estaria sempre defendendo a amiga. Então o texto foi me ajudando a encontrar esse cara, mas não imaginava que iria tocar as pessoas dessa maneira. As pessoas me encontram e falam que querem ser minhas amigas [risos]".
Você tem um Sardinha na sua vida?
"Eu tenho, o nome dele é Mateus Pic. É uma pessoa que me dá muito amor, muito carinho, mas, ao mesmo tempo, não passa a mão na minha cabeça. Acho que isso é amigo de verdade. E também tenho a Gabz, atriz, que é minha melhor amiga. Os dois são meus Sardinhas".
E a amizade com a Alice Wegmann foi da ficção para a vida real?
"Foi! Eu não tinha uma relação próxima com ela antes da novela, mas a gente sempre teve muitos amigos em comum. E eu ficava muito besta, porque todo mundo sempre falava muito bem dela. E eu pensava que não era possível que fosse tão legal assim, que ninguém fala nada de ruim, só coisas positivas. E quando a conheci, vi que faz sentido. Ela é um ser humano muito bonito! É uma pessoa generosa, espiritualizada, politizada, inteligente, boa atriz demais. Sou realmente fã! E, com certeza, foi um dos pilares para o sucesso do personagem, essa dupla foi um alicerce. Quando estavam acabando as gravações fiquei olhando para a Alice pensando que não vamos nos ver mais com tanta frequência, por conta dos compromissos de cada um, mas vou tentar estar sempre com ela".
ACOMPANHE A CONTIGO! NAS REDES SOCIAIS:
Ver essa foto no Instagram