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Larry King, famoso por décadas de entrevistas na TV dos EUA, more aos 87 anos

23 jan 2021 - 13h16
(atualizado às 13h26)
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Larry King, que entrevistou milhares de líderes mundiais, políticos e artistas na CNN e outros meios de comunicação em uma carreira de mais de seis décadas, morreu aos 87 anos, informou sua empresa de mídia em um comunicado neste sábado. 

Larry King. Beverly Hills, EUA. 06/10/2005 REUTERS/Foto de arquivo
Larry King. Beverly Hills, EUA. 06/10/2005 REUTERS/Foto de arquivo
Foto: Reuters

King foi hospitalizado em Los Angeles com infecção por Covid-19, de acordo com vários relatos da mídia. Ele morreu no Centro Médico Cedars Sinai, disse a Ora Media, uma produtora de televisão fundada por King, em post no Twitter. 

"Por 63 anos e por meio de plataformas de rádio, televisão e mídia digital, os vários milhares de entrevistas, prêmios e aclamação global de Larry são prova de seu talento único e duradouro como comunicador", informou a nota. 

Milhões de pessoas acompanharam King entrevistar líderes mundiais, artistas e outras celebridades no programa "Larry King Live", da CNN, de 1985 a 2010. Curvado sobre a mesa usando camisas com mangas enroladas e óculos, ele fez de seu programa uma das principais atrações da emissora com uma mistura de entrevistas, discussões políticas, debates sobre eventos atuais e ligações de telespectadores. 

Mesmo em seu auge, os críticos acusaram King de fazer pouca pesquisa pré-entrevista e lançar perguntas leves aos convidados que ficavam livres para dar respostas incontestáveis e de autopromoção. Ele respondeu admitindo que não fazia muita pesquisa para que pudesse aprender juntamente com seus espectadores. Além disso, dizia King, ele nunca quis ser visto como um jornalista. 

"Minha função, a meu ver, é ser um condutor", afirmou King ao Hartford Courant em 2007. "Eu faço as melhores perguntas que posso. Ouço as respostas. Tento acompanhar. E tomara que o público chegue a uma conclusão. Não estou lá para fazer uma conclusão. Não sou um apresentador de talk-show ... Então, o que tento fazer é apresentar alguém da melhor maneira."

Entre os convidados de King estiveram presidentes dos EUA desde Gerald Ford, líderes internacionais como o presidente palestino Yasser Arafat, o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, o primeiro-ministro britânico Tony Blair e o presidente soviético Mikhail Gorbachev, e artistas que vão de Bob Hope a Snoop Dogg. 

King nunca escondeu suas tendências antiquadas e gostava de relembrar artistas como Frank Sinatra e Arthur Godfrey. Em 2006, ele admitiu a um convidado que nunca havia pesquisado na internet, dizendo: "O que você faz - aperta botões e coisas assim?" 

Mas em 2012, o próprio King estava na internet com seu programa "Larry King Now" na Ora TV e, mais tarde, no serviço de streaming do Hulu. Ele também era uma presença regular no Twitter, promovendo suas entrevistas e lançando pensamentos aleatórios - "Não tenho vontade de comer uma alcachofra", "Meu sabor favorito de gelatina é limão" e "Adoro dizer 'sacre bleu!'"- no que era essencialmente uma versão online da coluna que ele escrevia para o USA Today. 

King foi casado oito vezes com sete mulheres, mais recentemente com a cantora Shawn Southwick, que era 26 anos mais jovem. Ele teve cinco filhos, dois dos quais morreram em 2020. 

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