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Johnny Depp pede novo julgamento após ser condenado por agressões a ex-mulher

18 mar 2021 - 15h24
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Advogados de Johnny Depp disseram que a afirmação da ex-mulher do ator de que doou o dinheiro de seu acordo de divórcio para instituições de caridade foi uma "mentira calculada" e pediram permissão para recorrer de um veredicto de uma Alta Corte de Londres que sustentou que ele espancou a então esposa.

Ator Johnny Depp durante chegada à Suprema Corte de Londres 
24/07/2020
REUTERS/John Sibley
Ator Johnny Depp durante chegada à Suprema Corte de Londres 24/07/2020 REUTERS/John Sibley
Foto: Reuters

Em novembro, o juiz Andrew Nicol determinou que Depp agrediu violentamente a ex-mulher Amber Heard durante o relacionamento tempestuoso de cinco anos do casal, fazendo-a temer pela própria vida em certas ocasiões.

Ele rejeitou as afirmações de Depp de que as alegações eram uma farsa e seu retrato da ex-mulher como uma "oportunista".

A decisão veio depois de três semanas de audiências nas quais o tribunal ouviu acusações e contra-acusações de Depp, de 57 anos, e Heard, de 34, sobre rompantes de violência que um acusa o outro de ter tido.

Depp, estrela de filmes como "Piratas do Caribe" e "Edward Mãos de Tesoura", havia procurado um tribunal de Londres para processar o jornal The Sun e um de seus jornalistas por um artigo que afirmou que ele foi violento com Heard.

Após o veredicto de Nicol, visto como altamente prejudicial para a carreira de Depp, o ator foi orientado a deixar a franquia "Animais Fantásticos e Onde Habitam", que deriva dos livros e dos filmes do universo "Harry Potter".

Nesta quinta-feira, a equipe legal de Depp pediu ao Tribunal de Apelações uma permissão para contestar as conclusões de Nicol, argumentando que o parecer do juiz foi "simplesmente errado" e dizendo querer um novo julgamento.

Os advogados de Depp disseram que querem se apoiar em novos indícios de que Heard não doou os 7 milhões de dólares de seu acordo de divórcio de 2016 à União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e ao Hospital Pediátrico de Los Angeles (CHLA), como ela afirmou.

Andrew Caldecott, um dos advogados do ator, disse à corte que Nicol aceitou "muito credulamente" a versão dos acontecimentos de Heard e não realizou um exercício judicial de averiguação de fatos corretamente. Indagado se acredita que Nicol acreditou em cada palavra de Heard, Caldecott respondeu que sim.

Durante o julgamento de difamação do ano passado, Heard disse que Depp se transformava em um alter ego ciumento, "o monstro", depois de abusar de drogas e álcool e que ameaçou matá-la.

Ela detalhou 14 ocasiões de violência extrema em que o ator a sufocou, esmurrou, estapeou, cabeceou, estrangulou e chutou. Nicol aceitou 12 destes relatos como verdadeiros.

Advogados do News Group Newspapers (NGN), que publica o Sun, sustentaram que os argumentos para uma apelação estão "obviamente errados" e mal concebidos.

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