Suposto caso de fraude racial de ex-BBB ganha novidades
Matteus Amaral é investigado por autodeclaração como negro para ingresso no Instituto Federal Farroupilha em 2014, quando era menor de idade.
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) a investigação sobre suposta fraude em cotas raciais envolvendo Matteus Amaral, ex-participante do BBB24. A transferência ocorreu nesta quinta-feira (16), após o MPF determinar que não pode tomar medidas contra Matteus porque ele era menor de idade quando o fato ocorreu, em 2014. O caso, que tramita há mais de um ano, também inclui sua mãe, Luciane Amaral.
Ambos são acusados de falsidade ideológica por terem se autodeclarado negros para ingressar no Instituto Federal Farroupilha (IFFAR). A acusação partiu do ativista Antonio Isuperio, que trabalha em uma instituição internacional de Direitos Humanos e denunciou Matteus ao Ministério Público.
O ativista alega que o ex-BBB cometeu crime ao se autodeclarar negro para obter vantagem no sistema de cotas raciais da instituição. A denúncia foi protocolada em junho de 2024, solicitando inclusive a prisão do ex-participante do reality show.
"Que o indivíduo responda pelo crime de falsidade ideológica para adentrar a universidade. A faculdade e o indivíduo devem ser responsabilizados. A faculdade deve ser responsabilizada pela negligência e o indivíduo pelo crime de falsidade Ideológica", afirmou Antonio Isuperio no documento apresentado ao MPF.
O caso de Luciane Amaral, mãe de Matteus, continua sendo analisado pelo MPF e deve ser encaminhado à Justiça em breve. Ela também se autodeclarou negra para ingressar no curso de agroindústria do IFFAR, utilizando o sistema de cotas raciais.
Em agosto de 2024, a assessoria do Instituto Federal Farroupilha declarou: "O nome Luciane da Silveira Amaral consta no mesmo edital, inscrito na mesma cota que o Matteus. É importante dizer que, para afirmarmos se houve fraude, é necessário o processo".
Os fatos investigados ocorreram em 2014, quando Matteus Amaral e sua mãe se inscreveram no Instituto Federal Farroupilha, localizado no Rio Grande do Sul. O processo agora seguirá com o MPRS investigando o caso do ex-BBB, enquanto o MPF continua analisando a situação de Luciane Amaral.