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Rafael Pimenta lança game-show sobre cancelamentos e celebra fase mais criativa da carreira: 'Liberdade de expressão'

Em entrevista exclusiva, Rafael Pimenta fala sobre projeto no YouTube e defende um humor

27 nov 2025 - 15h00
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Com quase 20 anos de carreira, Rafael Pimenta vive um dos momentos mais enérgicos e produtivos de sua trajetória. Reconhecido por seu trabalho como ator, improvisador e comediante, incluindo participações como convidado do espetáculo Improvável, em cartaz há mais de 15 anos — ele agora mergulha em duas grandes frentes: o comando do game-show "Quem Quer Ser Cancelado", disponível no YouTube, e o protagonismo no filme Os Infiéis, que será exibido em um festival brasileiro de cinema em Los Angeles.

Rafael Pimenta lança game
Rafael Pimenta lança game
Foto: show sobre cancelamentos e celebra fase mais criativa da carreira: 'Liberdade de expressão' - Divulgação / Contigo

Criador e produtor executivo do game-show, Rafa usa o formato de gincana, inspirado nos programas dos anos 1990 e 2000, para tensionar um tema que domina o debate digital: o tribunal das redes. O programa brinca com os julgamentos instantâneos, mas também coloca o público diante de seus próprios limites, afinal, até onde vamos ao dizer o que pensamos?

Além disso, Rafa destaca que o projeto caminha na contramão de grande parte dos discursos atuais do meio humorístico: para ele, humor não precisa atacar minorias para funcionar, e é justamente por isso que ele acredita que a comédia ainda pode evoluir muito.

O Tribunal da internet

Questionado sobre transformar um tema tão sensível em entretenimento, Rafa explica que seu interesse está menos em quem é julgado e mais em quem julga. Ele conta que o tribunal da internet revela mais sobre quem reage do que sobre o alvo da reação. Em suas palavras, "quando uma pessoa reage a uma notícia ou a uma piada, ela evidencia tanta coisa, suas contradições, seus preconceitos, seus princípios, etc."

O ator explica que no programa busca provocar reações ambíguas: situações absurdas e constrangedoras que confrontam o espectador com o próprio desconforto. Parte das falas, ele prefere descrever sem aspas, para transmitir sua visão de bastidor: Rafa imaginava que muita gente se revoltaria diante dos temas polêmicos e da abordagem "estranha" do projeto, mas ele se surpreendeu positivamente. Segundo ele, com exceção de alguns espectadores — "portugueses e fãs de alguns comediantes", como ele brinca — o público tem lidado bem com suas próprias contradições ao assistir.

Religiosidade, humor e romance em Os Infiéis

No cinema, Rafa encara outro desafio: unir religiosidade com comédia romântica, algo ainda pouco explorado no Brasil. Ele conta que cresceu em uma família católica e que, mesmo afastado da religiosidade, sempre enxergou humor como uma maneira de aliviar o peso das grandes questões da fé.

Ao explicar a dinâmica do filme, ele contextualiza que a história gira em torno da paixão entre seu personagem, um padre, e uma mulher que foi seu amor na adolescência, interpretada por Luciana Paes.

Ele também revelou, em tom afetivo e bem-humorado, que se dedicou intensamente ao papel: "tentei ser o melhor padre possível no filme para orgulhar a minha avó, a ponto de gastar uma manhã rezando o início de uma missa que não entrou no corte final do filme."

Humor, responsabilidade e o limite 

Sobre a atual discussão da liberdade de expressão no humor, Rafa é categórico. Ele acredita que o debate está invertido e que o argumento tem sido usado para defender um tipo muito específico de discurso: o humor contra minorias.

Parte de sua análise é mais teórica, e por isso aparece em texto corrido: para Rafa, quando falamos em liberdade de expressão, é impossível ignorar quem fala e quem é silenciado. Ele afirma que alguns grupos têm falado "demais", enquanto outros seguem sendo alvos constantes de piadas que reforçam desigualdades.

Ele alerta que, se artistas com grande público desejam realmente usar a liberdade de expressão como bandeira, precisam se interessar pelas pessoas que representam — e não apenas reproduzir estereótipos.

E enfatiza, em suas próprias palavras: "uma liberdade de expressão que é usada para borrar os princípios da dignidade humana não é um direito, é uma ferramenta de violência."

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