'Racista, homofóbico, nojento': anos antes de Jair Bolsonaro ser presidente, Preta Gil processou o político após ofensa na TV
Preta Gil morreu neste domingo (20) nos Estados Unidos, onde realizava um tratamento experimental contra o câncer.
Preta Gil, que morreu neste domingo (20) após luta contra um câncer no intestino, foi uma voz ativa no combate ao preconceito contra minorias. Prova disso foi sua postura combativa após ser ofendida por Jair Bolsonaro, na época, deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Tudo aconteceu em março de 2011. Jair, que, atualmente, está de tornozeleira eletrônica, já era conhecido por destilar frases preconceituosas. Ele participava de um quadro de perguntas do extinto programa "CQC". Preta foi uma personalidade a sabatinar o político: "Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?".
A resposta foi preconceituosa e gratuitamente agressiva: "Não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu."
Bolsonaro argumentou que havia entendido errado a pergunta. "A resposta dada deve-se ao errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay", justificou. Além do ataque a Preta, ele disparou outras frases racistas e homofóbicas na entrevista.
JAIR BOLSONARO FOI CONDENADO A PAGAR R$ 150 MIL POR FALAR PRECONCEITUOSAS NO 'CQC'
Preta acionou a Justiça após as declarações do deputado. A artista evitou entrevistas sobre o caso, mas desabafou em seu perfil no X, que ainda se chamava Twitter. "Advogado acionado, sou uma mulher negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico, nojento,...
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