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O que é o 'golpe do falso advogado'? Entenda a armadilha sofrida por David Brazil

'Golpe do falso advogado' está atingindo pessoas pelo país inteiro; veja a explicação de especialistas

17 abr 2025 - 15h58
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O que é o 'golpe do falso advogado'? Entenda a armadilha sofrida por David Brazil
O que é o 'golpe do falso advogado'? Entenda a armadilha sofrida por David Brazil
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

David Brazil foi alvo do "golpe do falso advogado", uma armadilha financeira que está afetando pessoas pelo país inteiro para extorquir dinheiro. O promotor perdeu R$ 40 mil ao receber mensagens de criminosos que se passaram pelo seu escritório de advocacia. "Me lasquei", lamentou o famoso em entrevista ao Portal Leo Dias.

O que é o 'golpe do falso advogado'?

Nesse golpe, os criminosos se passam por advogados ou escritórios de advocacia informando ao "cliente" que ele possui uma quantia a receber por ressarcimento. Os golpistas têm acesso aos dados insertos nos processos judiciais - que são públicos -, entram em contato com a vítima e exigem um pagamento prévio via PIX para liberar um suposto crédito existente no processo. Eles podem alegar ser o valor de uma causa ganha, um reembolso ou outros mecanismos.

Como os criminosos acessam os dados bancários da vitima?

Nardenn Porto, advogado especialista em Direito Civil com atuação em fraudes virtuais e estelionato, explicou à CONTIGO! que os criminosos conseguem informações valiosas ao acessarem os processos judiciais: "Se o processo for público, é possível que esses dados tenham sido acessados por meio do sistema do Poder Judiciário, com o uso de certificação digital (token) de advogados regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Isso levanta a hipótese de que algum profissional esteja fornecendo ou utilizando indevidamente esse acesso. Já nos casos em que o processo tramita em segredo de justiça, a situação é ainda mais grave e exige investigação interna nos próprios tribunais, pois os dados deveriam estar sob proteção legal".

Como se proteger do golpe?

É preciso que a vítima sempre esteja atenta ao receber mensagens no WhatsApp ou outros canais de comunicação. No caso desse golpe, Porto indica uma "check-list" que pode te ajudar a evitar dor de cabeça:

  1. Confirmar a identidade do advogado ou do escritório que entrar em contato (a verificação deve ser feita pelos canais oficiais do escritório, como telefone fixo, e-mail institucional ou redes sociais verificadas);
  2. Evitar pagamentos antecipados sem confirmação documental formal (golpistas geralmente solicitam transferências urgentes e com justificativas falsas);
  3. Não confiar apenas na imagem de perfil, logomarca ou nome exibido em aplicativos de mensagem (esses elementos são facilmente copiados por criminosos);
  4. Desconfiar de contatos com pressa, que prometem a liberação de valores mediante depósitos prévios (esse não é o procedimento padrão de escritórios sérios);
  5. Prestar atenção no número do WhatsApp (verificar se o número realmente pertence ao escritório contratado)

E se os criminosos forem pegos?

A advogada Cátia Vita explica que a quadrilha deve responder por uma série de crimes quando forem pegos pela polícia. "Esta fraude tem, aproximadamente, um ano e segue em continuidade porque as pessoas, realmente, estão realizando transferências para os criminosos", disse a especialista, que já atendeu vítimas desse caso.

Por isso, é necessário que não só a mídia, mas também os meios de comunicação governamentais conscientizem a população sobre esses golpes: "Muita das vezes, as vítimas são pessoas idosa, que não tem contato direto com o seu advogado e que acabam estando vulneráveis a estas situações. E, dificilmente, conseguem reaver o valor".

Caí no golpe, e agora?

Nardenn Porto indica que a vítima colete todas as provas do crime e faça uma denúncia. Se você for alvo do golpe do falso advogado, siga os seguintes passos:

  1. Registrar boletim de ocorrência imediatamente;
  2. Denunciaro número utilizado pelos golpistas junto à plataforma (WhatsApp, redes sociais, e-mail);
  3. Informar o escritório verdadeiro sobre o uso indevido de sua identidade;
  4. Guardar provas, como prints de conversas, áudios e comprovantes de transferências, para eventual investigação policial.
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