Mãe de policial morto em operação do Rio desabafa: 'Só tinha 40 dias de corporação'
Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, foi um dos policiais mortos em operação contra o Comando Vermelho; confira!
Uma operação policial realizada nesta terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha terminou em tragédia, deixando quatro policiais mortos e diversos feridos, segundo informações das autoridades estaduais. Entre os mortos está Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, policial civil com apenas 63 dias de nomeação como inspetor.
Cabral era casado e tinha uma filha. Ele havia sido oficialmente nomeado em 25 de agosto e, inicialmente, iria atuar na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). Em setembro, porém, foi transferido para a 39ª DP, na Pavuna. Antes de ingressar na Polícia Civil, o rapaz concluiu um curso técnico em telecomunicações em uma instituição de São Gonçalo.
No enterro de Rodrigo, segundo registro do jornal O Globo, a mãe desabafou: "Meu filho era amor, meu filho era sorriso. Os bandidos encurralaram ele, assim como o delegado. Aquele infeliz do [governador do Rio] Cláudio Castro sabia que os policiais não tinham condição de encarar o CV. Meu filho só tinha 40 dias de corporação", lamentou Débora Velloso Cabral.
Outros policiais mortos em operação do Rio
Outro policial civil vítima da operação foi Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Maskara. Recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP, em Mesquita, ele atuava há 26 anos na Polícia Civil e era bastante respeitado entre os colegas mais antigos. Na terça-feira, circulou entre os agentes um áudio em que pediam socorro para salvar Maskara, demonstrando o clima de urgência e tensão da operação.
Entre os policiais militares mortos, estavam Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Heber Carvalho da Fonseca, de 39, ambos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e terceiro sargento. Serafim tinha 16 anos de corporação e deixa esposa e filha; Heber estava há 14 anos na PM e deixa esposa, dois filhos e um enteado.
O hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, para onde os policiais foram levados, registrou cenas de comoção. Colegas da Polícia Civil e da PM choravam, refletindo o impacto da operação.