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Juju Salimeni denuncia ex-diretor do 'Pânico' e advogado alerta: 'Graves consequências'

Juju Salimeni denuncia ex-diretor do 'Pânico' por afastamento inesperado; veja opinião de especialistas

23 set 2025 - 16h01
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Durante uma entrevista com Mirella Santos e Wellington Muniz, o Ceará, Juju Salimeni denunciou o diretor do antigo programa Pânico na TV, Alan Rapp. Em sua participação no 'Podshap', a ex-Panicat contou que foi afastada da atração pelo ex-diretor por tempo indeterminado e não recebeu nenhuma previsão de quando voltaria para o ar. Para Juju, o quadro se encaixou em um caso de assédio psicológico no trabalhol

Foto: Mais Novela

"Eu sofri, porque foi ele o responsável pelo meu afastamento do Pânico. É complicado para mim porque aquilo era minha vida. Eu acho que você pode afastar uma pessoa, mas você pode simplesmente falar: 'olha, você vai ficar um mês fora do ar'. Ele não me falou quanto tempo eu ia, não me deixou seguir a vida. Eu acho que isso é um assédio psicológico, mental, você mexe com a pessoa", disse ela.

Para entender melhor o cenário descrito pela ex-Panicat, conversamos com a advogada especialista em direito do trabalho, Dra. Silvana Campos. Primeiro, ela explicou o que se configura em assédio trabalhista: "Assédio psicológico ou moral no trabalho é caracterizado por comportamento reiterado de um superior hierárquico que visa humilhar, intimidar, desvalorizar ou isolar um colega de trabalho (subordinada), prejudicando sua saúde mental, autoestima e dignidade".

Segundo Campos, esse tipo de atitude pode gerar depressão, crise de ansiedade, síndrome do pânico e isolamento social no trabalhador. "A vítima pode reunir provas (fotos, vídeos, mensagens de aplicativos, e-mails e testemunhas e gravações". Com essas provas, o trabalhador pode:

  • denunciar internamente na empresa, pela ouvidoria, setor Recursos Humanos ousuperior do agressor, fazer a denúncia por escrito e guardar o protocolo;
  • denunciar o caso no Ministério Público do Trabalho;
  • denunciar o caso na Delegacia da Mulher e/ou Delegacia da área territorial da empresa;
  • Procurar uma advogada (o) de confiança para as providências legais devidas.

Efeitos psicológicos

A psicóloga Anastacia Cristina Macuco Brum Barbosa também foi ouvida pelo Mais Novela para entender os prejuízos psicológicos que um episódio como esse pode causar no trabalhador. Segundo ela, as marcas de um assédio não ficam no corpo, mas sim na saúde mental da vítima. "A pessoa passa a viver em estado de alerta, ansiosa, deprimida, com a sensação de que nunca é suficiente. Muitas vezes, internaliza o discurso do agressor e começa a acreditar que merece aquele tratamento. O silêncio forçado pode se transformar em insônia, pânico, adoecimento do corpo. É como se o sujeito fosse esvaziado de si, perdendo a confiança básica de existir no mundo", disse.

Barbosa ainda explica que o primeiro passo é compreender o que está sendo vivido. "Reconhecer: "isso que estou vivendo é violência, não é normal". Nomear já é um ato de libertação. Depois, buscar apoio de amigos, familiares, terapia, grupos de acolhimento. Não se trata de enfrentar sozinha, porque o assédio isola. Registrar as situações, procurar ajuda profissional e, se for o caso, recorrer a medidas legais também é fundamental. Mas, sobretudo, é preciso resgatar a própria voz. O assédio tenta silenciar; a saída é justamente falar, dar testemunho, não se deixar apagar".

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