Cassio Scapin, do ‘Castelo Rá-Tim-Bum’, revela depressão após morte repentina de grande amor
‘Setembro Amarelo’: depoimento comovente do ator alerta para a importância de o homem cuidar da saúde mental
“Eu estava apaixonado, completamente desesperado”, afirmou Cassio Scapin no podcast ‘Parece Terapia’ ao explicar a única vez que abandonou o teatro por conta de um relacionamento.
Ele contou que o namorado, Richard, representou uma transformação. “Ele me dava um lugar de existência.” O casal manifestava publicamente o amor mútuo.
De repente, Cassio recebeu um aviso: o homem que amava estava morto, havia cometido suicídio. “Fiquei desnorteado, entrei numa depressão profunda, desejando muito a morte”, disse à psicóloga e apresentadora Pamela Magalhães.
“Deu um buraco… As coisas pararam de fazer sentido porque (ele) era uma pessoa muito cheia de vida.”
O artista que fez tanta gente feliz com seus personagens na TV, a exemplo do Nino do seriado ‘Castelo Rá-Tim-Bum’, buscou ajuda profissional para tratar da tristeza prolongada.
“Foi a primeira vez que eu fui para a terapia e entrei um pouquinho no remédio para segurar o tranco.”
‘Setembro Amarelo’
No Brasil, os homens estão entre as principais vítimas de suicídio. Em anos recentes, eles representaram mais de 70% dos casos registrados.
A morte autoprovocada aparece entre as principais causas de óbitos entre jovens de 15 a 29 anos.
A sociedade machista que condena o homem que mostra qualquer sinal de fragilidade dificulta a iniciativa de pedir socorro quando há sofrimento emocional.
A maioria dos homens padece em silêncio. Por isso, em mais uma edição da campanha ‘Setembro Amarelo’, devemos reforçar a conscientização dos cuidados com a saúde mental masculina.
A Associação Brasileira de Psiquiatra ressalta também a responsabilidade na postagem de conteúdo nas redes sociais e em aplicativos de mensagens.
Sugere evitar o envio de “notícias sensacionalistas, mostrar imagens ou detalhes de métodos (de suicídio) e espalhar desinformação”.
Recomenda “compartilhar mensagens de apoio, divulgar histórias de superação e fomentar a empatia.”
Atenção: caso precise de apoio, você pode ligar gratuitamente para 188. Os atendentes do CVV (Centro de Valorização da Vida) estão disponíveis 24 horas para conversar, sem julgamentos ou críticas, respeitando os sentimentos de quem procura ajuda. Busque tratamento especializado com psicólogo ou psiquiatra para garantir o bem-estar emocional.