Apresentadora com graves doenças perde fortuna e não há chance de voltar à TV

Os olhos constantemente arregalados de Wendy Williams no documentário exibido no canal norte-americano Lifetime denunciam que há algo muito errado com sua saúde. 

Ela surge irreconhecível. Pouco lembra aquela apresentadora divertida e com humor afiado que comandou um bem-sucedido talk show ao longo de 13 anos. Está frágil, confusa, vulnerável. 

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Os dois episódios contêm cenas gravadas por vários meses. A direção do canal afirma que desconhecia a gravidade do estado da comunicadora, mas já eram nítidos os efeitos de duas doenças neurológicas incuráveis. 

Ela foi diagnosticada com demência frontotemporal e afasia progressiva primária. Nos dois casos, a pessoa sofre graves alterações cognitivas e comportamentais. A capacidade de se comunicar também é afetada.

Wendy parece recolhida em um mundo próprio, desconectada da realidade. “Ela se foi”, diz um entrevistado, referindo-se à estrela que todos admiravam. “Acha que estou louca?”, pergunta a própria apresentadora. 

A questão financeira ganha destaque na produção do Lifetime. Apesar de ter acumulado fortuna de 20 milhões de dólares, cerca de 100 milhões de reais, Wendy diz não ter mais 1 tostão. Onde foi parar tanto dinheiro? 

Adepta do luxo, a artista nunca economizou para bancar seu estilo de vida hollywoodiano. Gastou com roupas, sapatos e joias. Tratamentos de recorrentes problemas de saúde custaram caro. O divórcio do segundo marido levou outra parte relevante dos dólares, assim como o alcoolismo. 

Em 2022, ela teve de se afastar da televisão. Oficialmente, por uma doença autoimune que afeta a tireoide. Na verdade, em razão dos primeiros sinais da demência. Da noite para o dia, perdeu o salário milionário que recebia do canal CBS. 

Uma decisão judicial a impede de ter acesso às contas bancárias. O pouco que restou do patrimônio – equivalente a R$ 2,5 milhões – está sob a gestão de uma tutora financeira.

Em julho, Wendy Williams completará 60 anos. Segundo a imprensa dos Estados Unidos, ela está morando em uma clínica de repouso. Eventualmente, recebe a visita do único filho, Kevin, de 23 anos. A família acredita em “cura”, porém, os médicos afirmam que a artista jamais será a mesma. 

A situação da apresentadora suscita a necessária discussão na sociedade sobre doenças neurológicas graves. Antes vistos como ‘loucos’ e tratados com preconceito, os portadores dessas patologias merecem respeito, acolhimento, recursos médicos e terapêuticos. Pode acontecer com qualquer um de nós.