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Aerosmith ganhou mais dinheiro com game do que com discos

Bandas de rock estão ganhando muito dinheiro com videogames. E às vezes até mais do que com seus próprios discos. É o caso do Aerosmith.

28 out 2018 - 11h03
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Houve um tempo ― uns mil anos atrás, talvez ― em que videogame era “coisa de criança” e os produtos eram chamados de “joguinhos”. Muita coisa mudou de lá pra cá. Hoje, a produção de determinados games de primeira linha é muitas vezes maior do que a de filmes hollywoodianos com estrelas de primeira grandeza. E não por acaso 9 em cada 10 estrelas de Hollywood anda flertando com alguma produção de jogo eletrônico. No mundo da música isso não foi diferente.

Como os últimos acontecimentos no mundo do rock sugerem esse rumo, é bom sempre lembrar: algumas bandas de rock faturaram tanto com games que não têm a menor vergonha de reconhecer que ganharam mais dinheiro com eles do que com seus discos. É o caso do Aerosmith, que alcançou uma marca singular há alguns anos: ganhou mais dinheiro com o jogo Guitar Hero do que com qualquer álbum que tenha lançado ao longo de sua carreira.

A afirmação foi feita por Bobby Kotick, presidente da Activision, empresa norte-americana que produz e distribui games. Ela é quem detém os direitos de 29 músicas do Aerosmith, cedidas para figurarem em Guitar Hero.

O jogo imita de forma muito realista a atuação de uma banda no palco, permitindo que você acompanhe com uma guitarra-controle todos os acordes de uma música. A sensação lúdica de se sentir na pele de seu artista favorito foi a grande sacada do game, que arrecadou a bagatela de US$ 25 milhões quando lançou uma edição exclusiva com músicas do Aerosmith, em 2007. Para comparar os números, imagine que o álbum Honkin’ on Bobo, de 2004, rendeu “apenas” US$ 2 milhões para a banda. Sentiu a diferença?

Essa questão financeira não se resume apenas à venda de produtos. Imagine que games como Guitar Hero trouxeram também uma nova geração de fãs para o grupo, que são não apenas potenciais consumidores de produtos relacionados à banda (camisetas, CDs, DVDs, bugigangas), mas também compradores de ingressos para os shows das turnês mundiais de Steven Tyler e cia.

Foto: Activision / Divulgação

Então, em vez de apenas reclamar de que as novas mídias “mataram” a criatividade, o melhor mesmo é os músicos se adaptarem à nova realidade e procurarem ganhar com isso. O Aerosmith aprendeu muito bem a lição de casa.

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