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ESTREIAS-Drama espacial "O Primeiro Homem" e comédia mexicana com Gael García Bernal chegam aos cinemas

17 out 2018 - 16h46
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Veja um resumo dos principais filmes que estreiam no país na quinta-feira:

Ryan Gosling concede entrevista em Toronto
 11/9/2018   REUTERS/Mario Anzuoni
Ryan Gosling concede entrevista em Toronto 11/9/2018 REUTERS/Mario Anzuoni
Foto: Reuters

"O PRIMEIRO HOMEM"

- Quase 50 anos depois da chegada do primeiro astronauta à Lua, o drama "O Primeiro Homem", de Damien Chazelle, focaliza a perspectiva humana desta façanha.

Baseado em biografia de James R. Hansen, o roteiro de Josh Singer retrata a trajetória do norte-americano Neil Armstrong (Ryan Gosling), o engenheiro e piloto que se tornaria o primeiro homem a pisar na Lua. De várias maneiras, a narrativa desglamouriza essa jornada de conquista, enfatizando as dificuldades e sacrifícios que ela acarretou. Ao longo de aproximadamente 8 anos, de 1961 a 1969, candidatos a astronautas morreram, somando perda de vidas ao alto custo financeiro que provocava protestos, numa era de mobilização política contra a guerra do Vietnã e luta pelos direitos civis.

Esse turbulento contexto externo, somado à corrida espacial contra uma URSS que havia batido os EUA em vários desafios nesta área, entra pelo filme sem, no entanto, conduzi-lo. O foco está mesmo na intimidade deste herói um tanto contido e glacial, representado por um Ryan Gosling nunca menos do que exato.

"ESTÁS ME MATANDO SUSANA"

- A comédia romântica do mexicano Roberto Sneider tem seus trunfos na boa dupla central de atores, o mexicano Gael García Bernal e a espanhola Verónica Echegui, e numa trama que aborda com precisão e ironia um tema relevante -a infantilidade do protagonista masculino, que coloca em risco seu casamento.

Eligio (Gael) é um ator, casado com Susana (Verónica), e se mostra incapaz de resistir a outras mulheres e às noitadas nos bares com sua turma de amigos. Susana vive sendo deixada de lado até que um dia, some sem deixar vestígios.

Inconformado, Eligio procura a mulher por todos os lugares, até que descobre que ela foi cursar um workshop literário numa universidade no Iowa, EUA. A viagem do mexicano dá oportunidade a muitas ironias sobre os severos controles de fronteiras do país governado por Donald Trump, assim como diversos choques culturais.

"LEGALIZE JÁ - AMIZADE NUNCA MORRE"

- Este é um filme perfeito para o nosso tempo. Embora a trama, que resgata a criação do Planet Hemp, se situe nos anos de 1990, seus comentários acabam ressoando no atual momento retrógrado que o Brasil vive. Os protagonistas são Marcelo (Renato Góes) e Skunk (Ícaro Silva), dois jovens da periferia carioca, que encontram no rap a melhor forma de expressão.

A música torna-se a válvula de escape, o grito de ajuda e a fonte de sobrevivência da dupla. O longa tem como fio narrativo a amizade entre Marcelo (que futuramente acrescentará D2 ao nome) e Skunk, portador de HIV, que não se deixa abalar por isso e conta com a amizade de um argentino (Ernesto Alterio), dono de um bar.

Dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, o filme às vezes exagera no maneirismo estético, mas encontra em Góes e Silva excelentes interpretações de personagens complexos sem cair em clichês fáceis sobre exclusão social e arte.

"O PODER DE DIANE"

- Uma das maiores qualidades dessa comédia delicada é a presença da atriz Clotilde Hesme no papel de Diane, uma moça na faixa dos 30 anos que aceita ser barriga de aluguel para um casal de amigos gays. Sem emprego fixo, enquanto espera o nascimento do bebê, ela resolve reformar uma casa de campo que herdou. É aí que conhece um eletricista (Fabrizio Rongione), com quem acaba se envolvendo.

Surge, é claro, um desconforto entre o casal por causa da gravidez de um filho que nem lhe pertence. Diane tem bom coração, mas é um tanto ingênua, não se dando conta do alcance do impacto de suas escolhas. Conforme ela ganha consciência do que realmente está acontecendo em sua vida, o filme ganha um novo tom.

Hesme é uma atriz versátil e injeta na protagonista a complexidade de sentimentos e emoções que o papel pede. Escrito e dirigido pelo estreante Fabien Gorgeart, esse é um filme que tem mais a dizer do que aparenta.

"A JUSTICEIRA"

- Aparentemente, o objetivo do filme do francês Pierre Morel é alçar a atriz Jennifer Garner ao status de heroína de ação, e ela bem que se esforça para deixar de lado sua eterna face de mãe chorona (embora aqui ela tenha sólidos motivos para chorar). No entanto, a direção preguiçosa e o roteiro pífio de Chad St. John terminam dando à atriz não mais do que a discutível oportunidade de encarnar uma versão feminina do vingador insano interpretado por Charles Bronson em "Desejo de Matar" (1974).

Riley North (Jennifer) é uma mãe de família dedicada que assiste seu marido (Jeff Hephner) e filha (Cailey Fleming) serem chacinados na sua frente pelo bando do traficante Diego Garcia (Moises Beltran). Depois de ver frustrado seu esforço para colocar na cadeia os assassinos pelas manobras de um advogado (Michael Mosley) e de um juiz (Jeff Harlan) corruptos, ela some de circulação por cinco anos. Quando reaparece, sua presença é percebida pelo número de cadáveres que começam a aparecer em Los Angeles - geralmente, de alguém ligado às mortes em sua família.

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