Um dos melhores filmes de fantasia de todos os tempos teve uma trilogia considerada "infilmável" por décadas
Diretor aclamado considerava os livros de J.R.R. Tolkien impossíveis de serem adaptados mas a saga de Peter Jackson provou o contrário.
Em 22 anos desde o lançamento de O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel tivemos duas sequências, uma trilogia para Hobbit e também uma série prequel. Hoje, as viagens cinematográficas à Terra-média parecem naturais. No entanto, a série de romances de J.R.R. Tolkien foi considerada "infilmável" por muitos anos. A Sociedade do Anel está disponível no Prime Video e HBO Max, assim como outros filmes da saga.
Do que se trata A Sociedade do Anel?
No aniversário de 111 anos de seu tio Bilbo (Ian Holm), o jovem hobbit Frodo (Elijah Wood) tem sua vida transformada drasticamente. Ele não apenas deve deixar seu amado condado, mas também carrega o fardo de ser o responsável por destruir um anel místico superpoderoso, artefato que o terrível Sauron planeja usar para arruinar toda a Terra-média. Em sua perigosa jornada, Frodo encontra o apoio de seu melhor amigo Sam (Sean Astin), o mago Gandalf (Ian McKellen), os humanos Aragorn (Viggo Mortensen) e Boromir (Sean Bean), o elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-Davies) e os dois hobbits Pippin (Billy Boyd) e Merry (Dominic Monaghan).
Livros de O Senhor dos Anéis foram considerados "infilmáveis"
Os planos para uma adaptação cinematográfica de O Senhor dos Anéis datam desde 1956, logo após a publicação da trilogia de J.R.R. Tolkien. Diretores como David Lean (Lawrence da Arábia), Michelangelo Antontioni (Blow Up) e Stanley Kubrick (2001: Uma Odisséia no Espaço) foram alguns nomes associados a uma adaptação live-action. Kubrick, no entanto, chamou os livros de "infilmáveis", segundo a Variety.
A história de hobbits e orcs exigia a realização de criaturas fantásticas, filmagens em uma ampla variedade de paisagens, batalhas e cenários elaborados e a narração de uma história épica que ultrapassava o tempo de duração de um filme.
Em 1995, o diretor neozelandês Peter Jackson (Fome Animal) abordou a adaptação cinematográfica. Após muitos contratempos, o primeiro filme de uma trilogia foi lançado em 2001, 47 anos após a publicação do romance. Jackson contou com os mais recentes desenvolvimentos em efeitos visuais de computação gráfica e usou a paisagem diversificada de sua terra natal, a Nova Zelândia, como local de filmagem.
Sequências e franquia alcançam o impossível
Peter Jackson e sua equipe criaram uma série de fantasia que estabeleceu novos padrões de mercado. Os filmes do Senhor dos Anéis foram aclamados pela crítica desde a primeira parte e foram igualmente bem recebidos pelo público. A trilogia encabeça diversas listas dos melhores filmes de fantasia de todos os tempos, tanto em publicações especializadas quanto as de voto popular.
Antes do início da série, os filmes de fantasia eram domínio da televisão e tudo menos uma aposta segura nos cinemas. O pequeno hobbit Frodo, no entanto, conseguiu o impossível. Ele deu um salto gigantesco para as telonas e, junto com o companheiro de gênero Harry Potter (também lançado em 2001), desencadeou um boom de filmes de fantasia que segue até os dias atuais. "Infilmável" é e continua sendo um rótulo que só se aplica até que alguém prove o contrário.
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