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Recife aplaude com entusiasmo filme sobre Chacrinha

2 mai 2009 - 03h08
(atualizado às 03h10)
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Com a sala de três mil lugares do Cine Teatro Guararapes lotada, o documentário Alô, Alô, Terezinha foi ovacionado na noite dessa sexta-feira no 13º Cine PE Festival do Audiovisual do Recife. Uma platéia eminentemente jovem se divertiu, aplaudiu, e vez ou outra até cantou durante a projeção, o filme de Nelson Hoineff sobre Abelardo Barbosa, o Chacrinha.

Hoineff, profissional muito voltado à televisão, fez um trabalho documental não sobre o velho guerreiro, mas com ele, na medida em que redescobre as chacretes para que elas relembrem e dêem seus depoimentos sobre o padrinho.

Para quem não sabe, as chacretes eram jovens, digamos, sensuais e voluptuosas que dançavam no programa de auditório mais popular da TV brasileira nos anos 70 e 80. Na verdade, Chacrinha começou no ofício em década anterior a esse período, mas foi na rede Globo que ele se afirma mais tarde como um dos mestres do entretenimento popular.

Além de contar casos pitorescos e fazer confissões muitas vezes comprometedoras, as hoje mulheres maduras e longe da fama se expõem sem preconceito. Algumas vestem-se com as roupas da época do programa e revivem seus momentos de glória. Algumas entraram no imaginário popular e seguem reconhecidas, como Rita Cadillac e Índia.

Hoineff escala ainda os calouros anônimos que sofriam com a buzina do Chacrinha - a forma de ele gongar os que não tinham talento - e entrevista músicos que participavam com freqüência do programa, caso de Fábio Jr., Ney Matogrosso, Biafra, Agnaldo Timóteo e o rei Roberto Carlos.

Não se pode dizer que o diretor procurou ser distante ou elegante em sua abordagem: há mesmo momentos apelativos, que não chegam a comprometer o trabalho, ainda mais em se tratando de um apresentador nada politicamente correto como foi Chacrinha. O filme é um bom candidato desde já ao prêmio do público.

Neste sábado acontece a exibição do último título em competição, o concorrente baiano Estranhos. Os premiados serão conhecidos em cerimônia no domingo à noite.

Homenagem e curtas-metragens
Uma das marcas desta edição seguramente permanecerá como a boa safra de animação em curta-metragem. A noite de sexta-feira trouxe mais duas simpáticas colaborações às duas já vistas, o título carioca O Anão que Virou Gigante, de Marão, e Juro que Vi: O Saci, de Humberto Avelar, também do Rio de Janeiro, e parte de uma série ligada a personagens do folclore brasileiro.

No mais, o esforçado mas superficial Quem Será Katlyn?, uma abordagem de Caue Nunes, de São Paulo, sobre a questão do transexual e dois interessantes filmes de adolescentes, com bom e raro diálogo com esse público,Nº 27, de Marcelo Lordello, concorrente do estado anfitrião do festival, e já visto em Gramado, e Eu e Crocodilos, da paulista Marcela Arantes, sobre o despertar do sexo e da paixão de uma garota. A homenagem aos dez anos do Canal Brasil, especializado na programação de filmes e entretenimento nacional, completou a noite.

Fonte: Especial para Terra
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