Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

'Pé na Cova' acerta com tipos bizarros e comédia equilibrada

2 fev 2013 - 19h46
Compartilhar
Exibir comentários

Miguel Falabella sempre conduziu sua carreira de autor no humor. Mas, depois de marcar bem seu estilo transgressor nos textos de programas como Sai de Baixo e Toma Lá, Dá Cá, usa agora uma linguagem que chega a destoar da maioria de suas criações na televisão. O que, na verdade, é um grande feito. Mesmo tendo um estilo já bastante aproveitado pela Globo em sua linha de shows, Falabella consegue não se repetir no seriado Pé na Cova.

Pé na Cova vai ao ar às quinta-feiras na TV Globo
Pé na Cova vai ao ar às quinta-feiras na TV Globo
Foto: TV Globo / Divulgação

É cedo ainda para avaliar resultados, mas já se percebe que a mistura de tipos exagerados pode render bons momentos para o programa. E, ao contrário do que normalmente se vê nas produções assinadas por Miguel, não necessariamente no que diz respeito apenas ao humor. Se em muitas novelas a comédia serve de "respiro" para tanto drama, em "Pé na Cova" são as questões mais sofridas e densas que aliviam os excessos de tantos tipos bizarros juntos.

Ao analisar mais profundamente cada um dos personagens principais – especialmente os maduros –, vê-se de cara que todos têm algum drama em suas vidas. Ruço, papel do próprio Miguel, começa a perceber a finitude de seu tempo, já que chegou aos 50 anos. E Darlene, vivida por Marília Pêra, é completamente dependente do álcool e, apesar de "diplomada" em maquiagem, ganha a vida embelezando defuntos. Ou seja, há portas abertas para reflexões que podem agradar em cheio aos telespectadores. E de maneira mais leve que os outros programas que abordam temas pesados. Como a própria morte, pano de fundo do seriado, que tem grande parte de suas sequências rodadas em um cenário de funerária. 

Mesmo assim, um detalhe merece certo cuidado: o exagero, por si só, já gera comédia. Com tipos tão carregados na bizarrice, o uso constante de tiradas de humor pode, com o passar do tempo, se tornar cansativo. Um ponto forte que Pé na Cova tem e, pelo menos até agora, vem sendo usado com êxito é a possibilidade de contar com participações especiais em todos os episódios. Como a experiente Laura Cardoso, por exemplo, que marcou presença no segundo. E Viétia Zangrandi, que interpretou Lurdinha, a filha do morto do capítulo de estreia. A atriz, aliás, deveria ser mais bem aproveitada pela tevê. Chamou a atenção mesmo em poucos minutos e dividindo cena com Miguel e Marília.

Quem também merece elogios é Luma Costa. Depois de ser deixada de lado em Fina Estampa, onde vivia a surfista Nanda, a jovem mostra que pode, sim, assumir papéis de destaque na emissora. Conseguiu construir uma "cyber stripper" que, mesmo desfilando de calcinha e sutiã pela sala de estar da casa, consegue fugir da vulgaridade. Sem contar que, verdade seja dita, a ausência de roupa da atriz em cena se torna um verdadeiro colírio em meio a tantos caixões, cadáveres e coroas de flores. 

Fonte: TV Press
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade