Martin Scorsese quer dirigir biografia violenta de Frank Sinatra
Martin Scorsese e Frank Sinatra. Segundo o jornal britânico
The Guardian, esse encontro de titãs pode acontecer em breve, mas não sem uma batalha familiar antes. Um dos diretores de cinema que mais se dedicou tanto à cidade de Nova York, quanto à herança violenta da máfia italiana nos Estados Unidos, quer dirigir uma biografia póstuma de Frank Sinatra (1915-1998), o cantor de família italiana que conseguiu sintetizar Nova York em uma música. Mas o desejo de Scorsese esbarra agora em Tina Sinatra, filha do cantor.
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De acordo com uma fonte do The Guardian, "Marty quer que seja um filme forte e que mostre o Frank violento, acusado de abuso sexual e alcoólatra, mas Tina quer mostrar o lado mais terno de seu pai e focar o filme em sua música."
Leslee Dar, porta-voz de Scorsese, garantiu que o diretor ainda está em negociação com a família de Sinatra para que os dois lados trabalhem juntos no filme, mas que as atenções do cineasta estão voltadas agora para outro projeto.
Frank Sinatra, também conhecido como "A Voz", morreu aos 82 anos tendo não apenas interpretado e composto os grandes clássicos da música popular americana, como também trabalhado em grandes sucessos do cinema como A um Passo da Eternidade (1953) e O Homem do Braço de Ouro (1956). No primeiro, ele levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e, no segundo, foi indicado à estatueta da Academia como Melhor Ator. Sinatra foi ainda protagonista de uma vida de excessos, alguns casamentos falidos (com a atriz Mia Farrow) e outros turbulentos (com a a também atriz Ava Gardner).
Curiosidade: em 1977, Scorsese dirigiu o filme New York, New York, cuja música tema, interpretada originalmente por Liza Minelli, foi a mesma que, dois anos depois, ganhou status de patrimônio imaterial com a voz de Frank Sinatra.