'Guardiões da Galáxia Vol. 3' arranca lágrimas e riso para fechar trilogia
James Gunn encerra os filmes com chave de ouro.
Guardiões da Galáxia Vol. 3 é visceral. O filme marca o fim da trilogia do grupo de desajustados e a despedida de James Gunn da Marvel e o tom do 'até breve' permeia as 2h30 de duração, nos fazendo sentir aquele mesmo gosto de Vingadores: Ultimato, quando personagens amados se preparavam para seguir seus caminhos.
E Guardiões 3 é exatamente sobre isso: Seguir nosso próprio caminho e saber que família é aquela que escolhemos.
Mexendo com as emoções do público, que vai das lágrimas ao riso em questão de segundos, o roteiro de James Gunn coloca Rocket como centro emocional de toda trama, costurando uma história que começou em 2014 e mostrando que sempre teve sua ideia bem estabelecida sobre a história que queria contar. Revelando o passado doloroso do guaxinim, que por muitas vezes serviu de alívio cômico nos filmes, Gunn não economiza nas cenas que nos fazem chorar.
Apesar de fechar a trilogia com chave de ouro e apresentar um dos melhores filmes de efeitos visuais da Marvel dos últimos tempos, o arco dramático de alguns personagens ficaram pelo caminho, como no caso de Peter Quill, e outros perderam a chance de mostrar sua potência, como Adam Warlock, personagem muito aguardado pelos fãs dos quadrinhos e que fica perdido no meio do terceiro filme, assim como a sub-história que o acompanha.
Sem perder o coração e a química entre os personagens e atores, James Gunn imprime a assinatura cômica e sagaz dos Guardiões e emociona com uma mensagem sobre acolher a diferença do outro, encontrar um lugar para chamar de 'lar' e saber o momento de seguir seu próprio caminho.