Festival do Rio 2025: Dolores reforça o poder dos sonhos em história sobre três mulheres periféricas de São Paulo (Entrevista exclusiva)
Diretores Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar deram vida e forma a projeto do falecido cineasta Chico Teixeira e trouxeram para as telas uma história de conflitos geracionais e relações familiares conturbadas, mas apaixonantes.
Se fosse possível resumir em uma única palavra a força motriz que move três gerações de mulheres da periferia de São Paulo, essa palavra seria: sonhar. Pelo menos foi isso que ficou claro durante as conversas do AdoroCinema com os diretores e o elenco de Dolores, filme que integra a Premiére Brasil do Festival do Rio 2025 e concorre ao Troféu Redentor na categoria de longas de ficção.
A estreia do filme, dirigido por Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar, aconteceu no Estação NET Gávea, tradicional cinema carioca, no último domingo (05/10) e foi recebido com entusiasmo pelo público e por um elenco comovido. E não à toa, já que, além de uma história que toca em temas emotivos, como relações familiares conturbadas, Dolores foi o último projeto cinematográfico deixado pelo cineasta Chico Teixeira antes de falecer, vítima de um câncer de pulmão.
"Quero hoje dedicar essa sessão a Chiquinho. Tigrão, onde quer que você esteja, essa noite é para você!", saudou Marcelo Gomes, amigo e parceiro de trabalho de longa data de Chico, cuja homenagem também levou às lágrimas outra companheira antiga do diretor paulista, a atriz Carla Ribas. Foi Carla quem encarnou a dona de casa e manicure Alice no primeiro longa de ficção de Chico, o drama A Casa de Alice. Agora, dezoito anos mais tarde, encarna a protagonista homônima Dolores, uma vendedora de lingeries que trabalha na porta de uma penitenciária, mas acredita que seu destino é abrir uma casa de apostas.
Roteiro e direção
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