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Ben Foster diz que arriscou a vida para 'Assassino a Preço Fixo'

21 mar 2011 - 17h28
(atualizado às 17h30)
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Ben Foster é uma figura. O ator de 30 anos chega atrasado para a entrevista, o repórter do Terra precisa correr para o aeroporto para não perder o vôo para Nova York, a assessora de imprensa quase tem um filho e ao entrar na sala ele faz uma pausa dramática, respira fundo e pede desculpas, a seu modo: "Eu tive, mas tive mesmo que fazer xixi".

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A conversa com o ator que começou a criar um burburinho em torno de seu nome ao fazer um estudante de arte bissexual no seriado A Sete Palmos é uma sucessão de surpresas e acessos de riso. O jovem bostoniano criado nos cafundós do Iowa é sério, mas gosta de fazer rir. E não tem medo de experimentar novos desafios. Seu Steve McKenna é bem diferente do personagem criado por Jean-Michael Vincent em 1972. Mais visceral e letal, ele parece possuído por demônios mais fortes do que o esperado pelos espectadores.

A seguir os trechos mais divertidos da conversa com o talentoso ator:

Você se recusou a ver o filme original. Por que?

É que há sempre uma pressão, né? Você não vai conseguir fazer nada com a mesma qualidade do original, e tal. Decidi evitar que inconscientemente roubaria sacadas do Jean-Vincent. Queria fazer o personagem de minha maneira, 100%. Espero que tenha conseguido.

Seu personagem é meio psicótico, não?

Huuum...Eu tendo a proteger meu personagem, sempre. Psicótico? Prefiro dizer que ele está numa situação difícil, sozinho, perdeu o pai, e vive a sensação de ser traído. Fisicamente, não agiria como ele. Mas fazer o que ele faz, na ficção, é uma delícia, não vou mentir...

Foi uma delícia também não ter dublê em cenas de alto perigo?

Não! (rindo muito).

Foi pressão do Jason?

Não! (rindo mais). O filme começou e ninguém falava no assunto. Até que veio a cena do pulo do prédio. E começou o papo, discreto, de que se podia contar com o dublê e tal, e eu pensei que não. Que esta seria uma das únicas oportunidades que teria na vida de me provar, de ver como é ter medo da morte, mesmo...

Foi a parte mais difícil das filmagens para você?

Ah, sim! E os produtores preocupados. E eu indo. E eu vendo que se desse algo errado, eu estaria ferrado. E quando finalmente estou lá em cima, pendurado por uma corda, pronto para descer, me avisam que o cara me amarrou errado (risos). Ele me amarrou errado! (mais risos). Começo a cena mesmo assim, foi uma loucura. E o câmera seguia falando que algo estava errado, e eu ouvindo aquilo. E todo mundo me dizendo: "fixe o seu olhar no horizonte!". E eu via Nova Orleans de cabeça para baixo, balançando para lá e para cá e pensava uma coisa apenas.

No quê?

Em quão estúpido eu era. "Isso não vale a pena". "Este é o pior dia da minha vida", coisas assim, e ia descendo 50 andares...E ficava claro, a cada minuto, que se eu caísse, estava tudo acabado. Acabado. Quando finalmente desci, pareceu, por vários minutos, que ainda estava em queda livre. Meus braços caíam, rumo ao chão. Nunca senti nada assim anteriormente.

Mas aí terminou, né?

Que nada! Eles não tinham filmando com a velocidade certa. Tive de fazer uma vez mais.

Meu Deus!

E quando vi a cena aprendi sobre aquilo. Não há trabalho de atuação ali. Nada. Sou eu, com medo. Só. E por isso funciona.

Depois disso, fazer a cena em que você é jogado contra uma parede foi café pequeno...

Fichinha! (risos). Uma bobagem. A única coisa chata foi ter deslocado meu ombro numa cena pequena que achava ser bem simples. Coisas de quem passou a adolescência vendo Jackass, né? (risos). E tinha de fazer uma cena no dia seguinte...

E a solução foi?

Ir a um médico de estrelas do futebol americano e pedir um senhor analgésico. Acabei fazendo a cena doidão. E adorei! Mas logo percebi que poderia deixar de ser um ator promissor para virar um dublê viciado em analgésico (rindo muito). São os riscos desta vida de filmes de ação, viu?

Você faria tudo de novo?

Sim. Dublês e artistas são dois animais completamente diferentes, mas a oportunidade foi excelente. Saí um outro profissional desta experiência e ainda aprendi a lidar com minha vertigem, meu medo de altura. O balanço foi pra lá de positivo.

Foto: Reprodução
Fonte: Terra
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