"Alien: Earth" dá profundidade à série de filmes da franquia e tem premissa positiva
História se passa no mesmo universo da franquia e mostra novos seres alienígenas e também humanóides
Falta pouco para o grande lançamento de Alien: Earth, a série original da Disney+ que nos apresenta novas perspectivas dentro do mundo da franquia de filmes Alien. O seriado vai ao ar em 12 de agosto, com os dois primeiros episódios, e os seis seguintes serão lançados semanalmente às terças-feiras.
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Noah Hawley dirigiu toda a gravação da série e optou por um clima bem amedrontador e tenso desde os primeiros minutos de tela. A sociedade em que o telespectador é inserido já é dividida entre humanos, ciborgues (humanos com partes robóticas) e "sintéticos" (robôs humanoides com uma inteligência artificial).
Sem tanta informação, somos inseridos em uma comunidade de astronautas que estudam vidas alienígenas dentro de uma nave que fica orbitando a Terra.
Enquanto isso, no planeta, uma empresa privada organiza uma mudança que poderá reescrever o "processo evolutivo". Crianças especiais são submetidas a uma troca de corpos. A consciência humana delas é transferida para robôs sintéticos super habilidosos, que não sofrem danos, não cansam e, principalmente, não envelhecem.
A primeira "cobaia" escolhe o nome de Wendy. Ela incentiva outras crianças a participarem do experimento e eles são referenciados como "Wendy e os meninos perdidos", como na tradicional história de Peter Pan, citada na série.
A trama gira em torno do aprendizado dessas crianças — agora no corpo de adultos — sobre sentimentos, lições, responsabilidades e uma imortalidade forçada.
Para os fãs da franquia, o tradicional Xenomorfo retorna para as telas após a espaçonave que fazia pesquisas sofrer um acidente e cair na Terra.
Agora os novos seres, conhecidos como "híbridos", liderados por Wendy são a linha de defesa perfeita para lidar com as ameaças extraterrestres.
Considerações finais
A série é boa e prende o telespectador do início ao fim. A sensação de esquecer de respirar em alguns momentos deixa a história emocionante. Você se conecta com Wendy e as crianças entendendo suas necessidades, seus medos, anseios e suas inseguranças, afinal, são crianças com corpos e responsabilidades de adultos.
Vale a experiência e, apesar dos episódios longos, você não percebe o tempo que passou. São poucos períodos ociosos entre as cenas e direção de Hawley, com sua dinâmica de câmera agradável.
Se você não assistiu a nenhum dos filmes da série Alien, pode sentir dificuldade em entender o contexto de algumas aparições e o peso de certas afirmações, mas nada que estrague a experiência como consumidor. É perfeitamente possível entender toda a trama da série sem ter assistido a nada anteriormente.
Ela é um prato cheio para os fãs da franquia e uma excelente pedida para quem está buscando uma série envolvente, emocionante, tensa e repleta de ficção, com um toque de suspense.
As únicas críticas são a iluminação em algumas cenas em ambientes fechados e o tema central ser um dos maiores clichês do sci-fi: avanços tecnológicos, ameaças desconhecidas e união de classes diferentes para solução dos problemas. Ao menos é um clichê bem desenvolvido e com subtramas interessantes.