"Achei que seria impossível filmar", diz John Cusack sobre '2012'
Acostumado a filmes de menor orçamento, interpretando "homens comuns", o ator americano John Cusack é o herói do novo blockbuster de Hollywood, o grandioso 2012, dirigido por Roland Emerich.
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Durante um evento da Sony Pictures em Cancun, México, em agosto deste ano, Cusack conversou com jornalistas sobre o longa.
Sempre usando camisa preta durante as festas e encontros com a imprensa (mesmo com o clima muito, mas muito quente do Caribe), o ator diz - com a voz sempre muito baixa e fala pausada - que a participação em filmes como 2012 dá a possibilidade de fazer outros vários filmes de menor estrutura, com personagens mais elaborados, segundo ele, seus favoritos.
Em 2012, Cusack interpreta um escritor frustrado, que tem um livro lançado, porém longe de atingir a estabilidade na profissão. Ele então trabalha dirigindo a limusine de um bilionário russo e, ao saber de uma catástrofe iminente que pode levar ao fim do planeta Terra, faz de tudo para se reaproximar da família - com quem tem uma relação desgastada.
Ele conta que o maior desafio foi atuar com cenários que nem sempre estavam lá. "Era sempre uma mistura. Na cena da geleira, por exemplo, tínhamos uma geleira de verdade construída do tamanho de um campo de futebol. Além disso, outros elementos eram inseridos depois, digitalmente".
Ele conta que estava descrente no início do projeto: "Quando li o roteiro e vi aquelas cenas todas de destruição, pensei 'Não vai dar para filmar isso'. Mas o roteiro é muito bem escrito, a história é muito interessante, não foi uma escolha difícil aceitar este papel."
Cusack afirma que, diferente de outros atores no início da carreira, nunca teve que trabalhar em outros empregos para manter vivo o sonho de se tornar uma estrela de Hollywood: "Comecei a trabalhar profissionalmente com 15, 16 anos, então nunca tive um trabalho de verdade (risos). Eu não sinto saudades alguma do tempo em que fazia testes para os papéis. Não tem muito a ver com o processo do filme, que é muito lento. Nunca fui muito bom em testes, acho que se tivesse que fazer hoje não conseguiria o papel (mais risos)."
O ator acha que o mundo está longe de um fim, como mostra o filme. Ele acredita muito mais em "uma conscientização das pessoas. Precisamos deixar de ser tão materialistas. Essas mudanças climáticas todas são um aviso", afirma Cusack.
O ator brinca ao final da entrevista, quando questionado sobre o que salvaria no caso de um fim do mundo estar próximo. "Tentaria salvar o meu iPod e tudo o que eu pudesse colocar dentro dele. Levaria também minha camiseta favorita, uma preta, que já está bem gasta, bem macia. Se pudesse salvar uma pessoa... do passado ou do presente... salvaria Ava Gardner", diverte-se Cusack, se referindo à atriz mito do cinema americano, que foi casada com Frank Sinatra.