Capitão Kirk (William Shtner)
Talvez não exista seriado de TV tão cultuado no mundo como Jornada nas Estrelas. Há mais de 40 anos, encanta gerações e gerações de telespectadores audaciosamente indo onde nenhum seriado jamais esteve. Criou mais do que fã-clubes. Seus adoradores ganharam o status de Trekkers e no mundo todo emulam os personagens, seja se fantasiando, seja ganhando patentes militares nas diversas “Frotas estelares” espalhadas por aí.
Na realidade, tudo começou no início dos anos 60, quando o ex-policial e roteirista de TV, Gene Roddenberry, veio com a idéia de um faroeste espacial, um seriado que juntasse aventura e parábolas morais em seus episódios. Depois de anos de insistência, filmou para a NBC. em 1966, nos estúdios da comediante Lucille Ball, o Desilu, um piloto chamado A Jaula, com a nave Enterprise comandada pelo capitão Pike, tendo um estranho orelhudo como oficial de ciências. Nesta tentativa, Spock, o vulcaniano, era bem diferente da concepção futura, pois ainda possuía sentimentos. Além disso, sempre um passo à frente de seu tempo, Gene ousou colocar uma mulher como a segunda em comando e, obviamente, os produtores odiaram o resultado final. Apesar de ter sido considerada “cerebral e sofisticada demais”, A NBC, num ato sem precedentes, impressionada com o requinte técnico e com o universo bem trabalhado de Roddenbery, deu sinal verde para um novo piloto, desde que houvesse mais ação.