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Clássico dos musicais, 'Grease' completa 40 anos de imortalidade

Maior bilheteria em 1978, filme ajudou a transformar o jovem Travolta em um dos grandes astros de Hollywood

13 jun 2018 - 09h40
(atualizado às 09h46)
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"I got chiiiills, they're multiplying", exclamava John Travolta ao ver Olivia Newton-John com um cigarro na boca e usando uma calça de couro em um dos momentos mais marcantes do musical Grease: Nos Tempos da Brilhantina, que se tornou um clássico e completa 40 anos nesta quarta-feira, 13.

Indicado ao Oscar de Melhor canção (Hopelessly Devoted to You), Grease foi o filme de maior arrecadação em 1978 e transformou o jovem Travolta, recém-saído de Os Embalos de Sábado à Noite, em um dos grandes astros de Hollywood. Dirigido por Randal Kleiser (A Lagoa Azul), o filme teve como inspiração o musical homônimo da Broadway que estreou em fevereiro de 1972 e fez mais de 3.300 apresentações.

Na história, o verão termina e o romance de Danny e Sandy acaba, já que ela deve voltar à Austrália. O amor dos pombinhos tem a chance de ressurgir quando eles se encontram no Instituto Rydell, na Califórnia. Porém, os costumes dos grupos aos quais pertencem (os T-Birds e as Pink Ladies) vão colocar impedimentos para o reencontro.

Esse é o argumento da trama que se passa em 1959 e, como argumentou Scott Miller no livro Sex, Drugs, Rock & Roll, and Musicals, seria um relato revolucionário para a época, subvertendo temas e se atrevendo a abordar assuntos sensíveis, como sexo e rebeldia jovem. Aí estava parte do charme da história. Graças ao trabalho de Stockard Channing, como a cínica Rizzo, ou o de Jeff Conaway, como o melhor amigo de Danny, apesar de já estarem longe da adolescência - ela tinha 33 e ele 27 -, o carisma dos personagens deu o toque final.

As atitudes insolentes dos T-Birds - dizem que foram usados até 100 mil chicletes durante as filmagens -, com as imponentes jaquetas de couro e quantidades industriais de gel no cabelo, se chocam com a personalidade forte das integrantes do Pink Ladies. O amor é embalado por hits como Summer Nights, Grease e Greased Lightnin. Não à toa, a trilha sonora do filme foi o segundo disco mais vendido de 1978, só atrás do disco de Os Embalos de Sábado à Noite.

O polêmico final foi muito comentado, mas, como defendia Jim Jacobs, criador do espetáculo da Broadway, a cena parodiava os estereótipos do cinema.

"Era uma sátira! Era uma maneira de brincar de todos esses filmes de Hollywood em que o herói se transforma no final em um cidadão exemplar", afirmou ele, em entrevista ao jornal Daily Herald, em 2010.

O sucesso do longa, que estreou em 13 de junho de 1978, levou a Paramount Pictures a apostar em Grease 2 - Os Tempos da Brilhantina Voltaram. A sequência não teve a mesma aceitação positiva do primeiro filme, mas serviu para lançar a carreira de Michelle Pfeiffer. Prova de que Grease é mesmo um fenômeno é o fato de que mesmo depois de tanto anos, Los Angeles continua recebendo turistas interessados em visitar a Praia Leo Carrillo State, onde foram rodadas algumas cenas do romance de Danny e Sandy, e o Venice High School, a escola que serviu de cenário para o Instituto Rydell.

Estadão
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