Com atores de Império, Salgueiro leva tempero mineiro ao Rio

Quinta escola a passar pela Marquês de Sapucaí, na madrugada desta segunda-feira (16), a Acadêmicos do Salgueiro levou para a avenida um desfile inspirado na culinária e na cultura de Minas Gerais. Atual vice-campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, a agremiação apostou no tempero mineiro e na história cultural do Estado para esquecer a derrota por apenas um décimo para a Unidos da Tijuca no ano passado.

O desfile idealizado pelos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage contou com 3,8 mil componentes, 33 alas e sete alegorias. Confira os cinco momentos mais marcantes do Salgueiro na avenida:

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Atores de Império brilham na Sapucaí

O elenco na novela Império estava bem representado no desfile do Salgueiro. Além de Viviane Araújo, rainha de bateria da escola, também caíram no samba os atores Aílton Graça, Alexandre Nero, Lília Cabral e Leandra Leal.

Aílton, que vive a travesti Xana Summer na trama, desfilou fantasiado de rei e deu show ao mostrar seu samba no pé. Já o Comendador (Alexandre), a Maria Marta (Lília) e a Cristina (Leandra), percorreram a Sapucaí como destaques no carro Delírio Reluzente, que representou as esmeraldas e diamantes descobertos em Minas Gerais.

Viviane Araújo reina

A Viviane Araújo arrasou na avenida. Com a fantasia iluminada por LED e um longo aplique nos cabelos, a musa representou o fogo dos fornos e fogões. Além de ostentar um corpo sarado e de sambar com a segurança de quem já desfila há anos no Carnaval, a rainha também mostrou habilidade no tamborim à frente da bateria.

No ano passado, Viviane ficou indignada com a derrota para a Unidos da Tijuca, que rendeu ao Salgueiro o vice-campeonato. "Somos os campeões do povo e isso é o que importa", disse a musa na ocasião.

Batuque na cozinha

Comandada pelo mestre Marcão, a Bateria Furiosa foi para a avenida com fantasias que representavam os cozinheiros. Apesar da evolução e das paradinhas, o destaque ficou para as panelas, que, além de aparecerem no enredo e nas alegorias, foram utilizadas como instrumentos pelos ritmistas, que tiraram som delas com colheres de pau na Sapucaí. O nome da ala? Não poderia ser outro: Batuque na Cozinha.

Deu fome?

Leitão à pururuca, torresmo, linguiça, frango com quiabo, café com bolo de fubá, queijo minas, temperos, frutas... O Salgueiro levou a sério a história de “dar água na boca”, cantada em seu samba-enredo. “O danado desse cheiro sô!/ Ô, sinhá, atiçou meu paladar”, dizia a letra. E atiçou mesmo. Em uma das alegorias, um bule gigante exalava cheiro de café.

O relógio já marcava quase 5h, depois de um atraso considerável para o início dos desfiles e uma longa madrugada de agito. Será que deu fome em quem estava na Sapucaí?

Volta a chuva...

Mais que desejada nos reservatórios, a chuva se tornou a inimiga das escolas do Rio na madrugada desta segunda-feira. A água, que havia dado uma trégua antes do desfile do Salgueiro, voltou a cair forte na parte final do desfile.

Apesar das penas molhadas e do chão escorregadio, os componentes da escola não perderam o compasso e mantiveram a energia do desfile lá no alto.

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