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Veja 15 expressões para não ficar boiando no Carnaval baiano

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Estreante no Carnaval de Salvador? Saiba que a festa baiana tem uma língua própria, cheia de termos desconhecidos para quem não é do ramo, como “abadá” e “axé”, além de nomes exóticos como “Filhos de Gandhy”. Confira a seguir um pequeno dicionário para já chegar abafando na folia baiana.

Abadá

Já imaginou encarar o calorão de Salvador em pleno Carnaval vestindo uma espécie de túnica colorida que se estende quase até os pés? Pois era justamente com estas vestimentas, chamadas de mortalhas, que os foliões da capital baiana se vestiam até a criação do abadá, no início dos anos 1990. Historicamente, o abadá era um tipo de vestimenta branca de mangas compridas usada pelos escravos muçulmanos que desembarcavam no Brasil. Com o tempo, a palavra passou também a designar as vestes usadas na capoeira.

O termo foi introduzido no Carnaval de Salvador em 1993, quando o carnavalesco Pedrinho da Rocha lançou um novo tipo de fantasia para substituir as mortalhas. Hoje, o abadá é um tipo de camisa com diferentes padrões e cores característicos de cada bloco. Para seguir um trio elétrico dentro da corda (espaço protegido por seguranças) o folião precisa comprar o abadá do bloco, que podem chegar a custar quase R$ 1 mil.

Foto: Fernanda Sanjuan / PrimaPagina

Afoxé

É uma espécie de grupo carnavalesco que mantém forte relação com o candomblé. Caracteriza-se pelos cantos em idiomas africanos (iorubá), vestimentas ligadas a orixás e instrumentos de percussão como atabaque, agogô e outro chamado também de afoxé (ou cabaça). O afoxé mais conhecido são os Filhos de Gandhy.

Foto: Sidney Rocharte / Setur

Axé

É uma saudação religiosa bastante comum no candomblé e na umbanda, e indica o desejo de que a outra pessoa receba energias positivas. Também é o nome de um ritmo baiano que nasceu na década de 1980, fruto da fusão do frevo com outros estilos como reggae, forró e maracatu. Tornou-se o principal ritmo tocado no Carnaval de Salvador. Os expoentes são Daniela Mercury (rainha do axé) e Luiz Caldas (rei do axé, compositor de sucessos dos anos 80 como “Tieta” e “Fricote”).

Foto: Tássia Novaes / PrimaPagina

Filhos de Gandhy

É um bloco formado apenas por homens e inspirado nos princípios de não-violência do líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948). Eles usam lençóis e toalhas brancos como fantasia, para simbolizar as vestes indianas, e levam colares que costumam trocar por beijos durante o Carnaval.

Foto: Fernanda Sanjuan / PrimaPagina

Pau elétrico

Sem piadas de duplo sentido, hein? E não tem nada a ver com pau de selfie. Trata-se apenas de um instrumento às vezes chamado de guitarra baiana, de quatro ou cinco cordas, criado na década de 1940 por Adolfo Dodô Nascimento e Osmar Álvares Macêdo, precursores do Carnaval baiano. Sua adoção revolucionou a folia, abrindo novas possibilidades musicais. Artistas como Luiz Caldas, Pepeu Gomes e Armandinho contribuíram para popularizá-lo ainda mais.

Foto: Ronaldo Silva / Setur

Pipoca

São os foliões que não têm abadá, mas acompanham os trios elétricos de seus artistas preferidos do lado de fora dos cordões que delimitam os blocos. O nome faz referência ao comportamento desses foliões, que pulam sem parar como se fossem pipocas. Também se refere aos blocos mais populares de Salvador, que não vendem abadá.

Foto: Edson Ruiz / Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

Trio elétrico

O trio elétrico também foi criado pela dupla Dodô e Osmar, que na década de 1950 resolveu adaptar um velho Ford 1929 para amplificar o som dos instrumentos de corda e animar a festa de rua em Salvador. Os trios evoluíram com o tempo e hoje são formados por grandes caminhões equipados com potentes amplificadores, acima dos quais se apresentam os artistas que comandam os blocos do Carnaval da capital baiana.

Foto: Fernanda Sanjuan / PrimaPagina

Corda

Os blocos do Carnaval de Salvador são limitados por cordas. Na área interna, podem ficar apenas quem compra o abadá. As cordas são suspensas pelos cordeiros, que ajudam a isolar o folião da área externa do bloco, proporcionando maior segurança e conforto.

Foto: Alex Oliveira / Setur

Chicleteiro

É o nome dado aos fãs mais apaixonados pelo Chiclete com Banana. Ser chicleteiro é fazer a oração do folião para os deuses do axé antes de a banda entrar na avenida, é cantar e se emocionar com cada sucesso cantado pelo grupo e, durante os shows, se comportar como uma torcida de futebol fanática vendo seu time do coração jogar.

Foto: Fernanda Sanjuan / PrimaPagina

Circuito Barra/Ondina

Se você busca as atrações mais badaladas do Carnaval de Salvador, este é o seu lugar. Nele se apresentam grandes nomes como Bell Marques, Claudia Leitte, Ivete Sangalo e Daniela Mercury. Os trios que desfilam por ele saem do Farol da Barra em direção à Praia de Ondina.

Foto: Manu Dias / Agecom

Circuito CampoGrande/Praça Castro Alves

É o circuito mais tradicional do Carnaval de Salvador, percorrendo as principais ruas da capital baiana. Os desfiles pelo local tiveram início na década de 1950.

Foto: Rosilda Cruz / Setur

Bloco Camaleão

Um dos mais tradicionais blocos do Carnaval de Salvador surgiu em 1978, com o objetivo de tornar a festa mais organizada. Seu nome presta homenagem aos camaleões existentes na Praça da Piedade, em Salvador. Nele, já passaram nomes da música baiana como Carlinhos Brown, Luiz Caldas e Chiclete com Banana. Com a saída do vocalista da banda, o trio passou a ser comandado por Bell Marques.

Foto: Fernanda Sanjuan / PrimaPagina

Bloco Cocobambu

Bloco criado pelo cantor Durval Lélys, que resolveu montar um trio alternativo ao som do Asa de Águia. O nome foi inspirado na casa que servia de sede para a banda, que contava com um bambuzal e vários coqueiros. Além de Durval, Claudia Leitte também puxa este bloco.

Foto: Fernanda Sanjuan / PrimaPagina

Bloco Crocodilo

Fundado em 1985, o bloco se tornou um dos mais badalados na esteira do grande sucesso de Daniela Mercury nos anos 1990. A partir de 1996, o trio deixou de desfilar no circuito Campo Grande e passou a fazer parte do circuito Barra/Ondina.

Foto: Agnews

Bloco Coruja

Este bloco surgiu em 1962, como uma dissidência do tradicional bloco "Os Internacionais". A princípio, seus integrantes iam para as ruas com fantasias, depois passaram a usar mortalhas, até que as substituíram pelos abadás. A cantora Maria Bethânia foi madrinha do bloco durante vários anos. Hoje ele é comandado por Ivete Sangalo e Saulo Fernandes.

Foto: Agnews

Fonte: PrimaPagina
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