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Traficante de Pokémon é preso no Japão e pode levar multa absurda

Homem de 36 anos foi preso após hackear e vender Pokémon alterados para jogadores de Scarlet/Violet. Ele pode ficar até 5 anos na cadeia

15 abr 2024 - 19h27
(atualizado em 16/4/2024 às 10h32)
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Um homem de 36 anos foi preso na cidade japonesa de Uji por causa da venda ilegal de Pokémon. O designer de interiores Yoshihiro Yamakawa hackeava os dados dos jogos Pokémon Scarlet e Violet e vendia os monstrinhos alterados para outros jogadores. 

Foto: The Pokémon Company / Canaltech

A prática em si é um tanto comum na internet e consiste em criar dados dos Pokémon com seus atributos modificados, trazendo números de ataque e defesa próximos da perfeição. Esses Pokémon hackeados são, então, comercializados pela internet e enviados para o game do comprador por meio de uma troca comum.

Homem foi preso após hackear dados dos Pokémon e vendê-los para outros jogadores (Imagem: Divulgação/The Pokémon Company)
Homem foi preso após hackear dados dos Pokémon e vendê-los para outros jogadores (Imagem: Divulgação/The Pokémon Company)
Foto: Canaltech

De acordo com a polícia japonesa, Yamakawa usava uma ferramenta especial que alterava os arquivos do jogo, permitindo que ele colocasse os atributos que o cliente desejasse, além de alterar outras características dos bichinhos, como sua cor.

Só que esse tipo de alteração vai contra as regras da Nintendo e da The Pokémon Company. Mais do que isso, viola uma lei japonesa feita justamente para impedir a competição desleal, assinada em 1934 no país. A chamada Lei de Prevenção à Competição Injusta evoluiu ao longo anos e passou a englobar questões do mundo digital, incluindo videogames. E, desde 2003, ela passou a trazer sanções criminais aos infratores.

Dados alterados melhravam atributos e até a raridade dos Pokémon (Imagem: Reprodução/The Pokémon Company)
Dados alterados melhravam atributos e até a raridade dos Pokémon (Imagem: Reprodução/The Pokémon Company)
Foto: Canaltech

Por causa disso, Yamakawa pode sofrer duras penas. Por enquanto, ele está apenas detido, mas esse tráfico ilegal de Pokémon pirata pode render uma multa de 5 milhões de ienes — o equivalente a R$ 168 mil na cotação atual. Mais do que isso, ele ainda pode ir para a cadeia, já que a lei prevê cinco anos de prisão para casos assim.

De acordo com a polícia de Kyoto, o homem chegou a ser detido no início de abril. Na ocasião, o acusado chegou a reconhecer que sabia da ilegalidade das vendas e que fazia isso para se sustentar. Segundo as autoridades, ele vendia cada Pokémon alterado por 13 mil ienes (cerca de R$ 437).

Por isso, um inquérito deve ser aberto para investigar o quanto o homem lucrou com a atividade. A suspeita inicial é que ele tenha conseguido acumular milhões de ienes antes de ser preso.

Outros casos

O mais bizarro disso tudo é que Yamakawa não foi o primeiro homem a ser preso por vender Pokémon hackeados no Japão. Em 2021, outro traficante de Pokémon foi detido pela polícia nipônica. No caso, ele alterava dados dos monstrinhos nos jogos Sword e Shield, mas o modus operandi da ação é praticamente o mesmo.

Por isso, a The Pokémon Company é uma das empresas que mais acompanha as movimentações desse submundo, principalmente para monitorar as ações que podem impactar seu cenário competitivo.

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