O varejo não pode terceirizar seu pensar para a IA
A revolução da inteligência artificial (IA) chegou ao varejo com promessas audaciosas: otimização de estoque em tempo real, personalização de ofertas, atendimento automatizado e análises preditivas. É inegável que essas ferramentas trouxeram eficiência e novas possibilidades, mas no entusiasmo por automatizar tudo, muitas empresas parecem ter terceirizado a parte mais crucial de seus negócios: o pensamento estratégico.
A IA é uma ferramenta poderosa, mas não é um cérebro. Ela processa dados, identifica padrões e executa tarefas com velocidade e precisão sobre-humanas. No entanto, ela carece de algo fundamental: senso crítico, intuição e a capacidade de conectar pontos de forma não linear. A IA pode prever que um produto venderá mais em uma determinada região, mas não pode, sozinha, entender a sutileza cultural que explica essa tendência. Ela pode sugerir a personalização de uma oferta, mas não tem a sensibilidade para criar uma experiência de compra verdadeiramente memorável e única.