Sabíamos que olfato e memória estão intimamente relacionados, e isso nos traz uma vantagem: detectar o Alzheimer
Comer, tomar banho ou cheirar uma flor: detectar um dos primeiros sintomas do Alzheimer está ao nosso alcance
A doença de Alzheimer pode ser difícil de detectar. Os sintomas desse transtorno geralmente só se tornam aparentes após a progressão da demência, o que representa um grande problema. Na ausência de uma cura definitiva, nossa capacidade de conter o impacto da doença depende em grande parte da detecção precoce.
Olfato
Uma das pistas que temos para detectar o Alzheimer em seus estágios iniciais é o olfato. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Chicago analisou o impacto da doença em nossa capacidade sensorial e detectou que essa rápida perda de olfato à medida que envelhecemos pode prever o surgimento do Alzheimer com alguma precisão.
Cheiro de bolinho
A relação entre memória e olfato é muito próxima. Sabemos que a capacidade evocativa dos cheiros não passou despercebida, mas nas últimas décadas a ciência conseguiu confirmar essa conexão única.
A razão para essa relação próxima pode ser anatômica. O bulbo olfatório é a região do cérebro que primeiro processa os odores e, em seguida, envia o sinal para outras áreas do cérebro. Esse sinal atravessa áreas-chave do sistema límbico, áreas ligadas às emoções e à memória. "Os sinais olfativos chegam ao sistema límbico muito rapidamente", disse Venkatesh Murthy, chefe do Departamento de Biologia Celular e Molecular da universidade, ao The Harvard Gazette.
515 participantes
O estudo da Universidade de Chicago contou com 515 participantes, idosos, matriculados no Projeto de Memória e Envelhecimento da ...
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