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Robô prevê cenário em que inteligência artificial manipula humanos

Em um congresso, IA estimou um mundo onde os robôs se tornaram tão poderosos que são capazes de controlar ou manipular os humanos sem o seu conhecimento

6 jun 2023 - 17h43
(atualizado às 20h55)
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Desde que Philip K. Dick se consagrou com seus livros distópicos, a preocupação da humanidade com o que os robôs um dia poderiam se tornar nunca foi tão latente. No entanto, durante o International Conference on Robotics and Automation symposium que aconteceu em Londres no último dia 29, um robô humanoide e realista chamado Ameca anunciou que pode imaginar um "mundo onde os robôs se tornaram tão poderosos que seriam capazes de controlar ou manipular os humanos sem o seu conhecimento", levantando ainda mais alertas.

Foto: Reprodução/Freepik / Canaltech

Na ocasião, o robô ainda disse que isso pode levar a uma "sociedade opressiva, onde os direitos dos indivíduos não são mais respeitados". Seu criador então perguntou se a inteligência artificial achava que corremos o risco de acontecer agora.

A resposta do robô foi a seguinte: "Ainda não. Mas é importante estar ciente dos riscos e perigos potenciais associados à IA e à robótica. Devemos tomar medidas agora para garantir que essas tecnologias sejam usadas com responsabilidade, a fim de evitar consequências negativas no futuro."

Para esse experimento específico, a tecnologia usou o ChatGPT, da OpenAI. Não foi a primeira vez que o robô foi equipado com inteligência artificial, uma vez que, no ano passado, Ameca havia sido emparelhada com o GPT-3, o grande modelo de linguagem que sustenta as versões anteriores do ChatGPT. Entretanto, foi a resposta verbal mais alarmante dita por ela.

Robô e IA: um perigo para a humanidade?

Muito já se confabulou a respeito de um possível perigo à humanidade, representado pelos robôs e pela inteligência artificial. Um relatório conduzido pela Brown University não prevê um futuro distópico como nos filmes, com máquinas avançadas dominando o mundo. Segundo os especialistas em IA, os perigos reais dos robôs são um pouco mais sutis e igualmente preocupantes.

"Imagens e vídeos falsos usados para espalhar informações incorretas ou prejudicar a reputação das pessoas, robôs on-line utilizados para manipular o discurso público e a opinião, ou a criação de algoritmos treinados com tendências preconceituosas são apenas alguns exemplos dos riscos a que estamos expostos. A boa notícia é que estamos levando esses perigos a sério", diz o material.

Existe uma grande preocupação acadêmica sobre o futuro do ChatGPT. Se ela não for constantemente refinada, corre o risco de ela começar a refletir o que há de pior no ser humano, incluindo fake news e conteúdos manipulados.

Entretanto, o Canaltech já testou o ChatGPT em assuntos extremos, como ansiedade, depressão e até mesmo suicídio, e pôde ver que o robô é treinado para responder a essas questões mais pesadas de maneira empática, mas sem entrar em detalhes personalizados, e sempre terceirizando a ajuda (orientando falar com um parente ou buscar ajuda profissional).

Fonte: FuturismBrown University

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