Parecia que o ChatGPT havia resolvido problemas matemáticos extremamente complexos; a realidade, porém, era bem diferente
Temos muita vontade de que a IA faça coisas extraordinárias. O perigo surge quando acreditamos que ela fez — e não fez
Um grupo de pesquisadores da OpenAI afirmou ter "encontrado soluções para 10 problemas de Erdös que antes não haviam sido resolvidos, e feito progressos em outros 11". A afirmação parecia indicar que o GPT-5 havia dado um salto qualitativo importante no campo da matemática, mas a realidade era bem diferente. Na verdade, tudo acabou sendo um exagero que pode prejudicar a reputação da OpenAI no futuro.
O que aconteceu
A declaração dos engenheiros da OpenAI era promissora, mas exagerada. À mensagem original de Mark Selke, um deles, somaram-se as de outros pesquisadores como Boris Power — que pediu desculpas depois de perceber que haviam cometido um erro — e Sebastian Bubeck — que também acabou modificando o tuíte e reconheceu o equívoco. O tuíte original parecia deixar claro que o GPT-5 havia conseguido resolver vários dos famosos problemas matemáticos de Erdös. Na realidade, ele não os havia resolvido.
O matemático Thomas Bloom, responsável justamente por administrar o site onde todos esses problemas em aberto são catalogados, esclareceu rapidamente a situação. Como explicou no X/Twitter, as afirmações da OpenAI eram "uma interpretação dramaticamente equivocada". Quando ele fala de problemas "abertos" ("open") no site, o que quer dizer é que ele não conhece a solução — não que o problema ainda não tenha sido resolvido.
O que o GPT-5 fez, na prática, foi apenas encontrar pesquisas e estudos recentes que Bloom não havia encontrado. Aqui vale destacar que a IA de fato tem ...
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