Operação Magna Fraus: hackers orquestraram desvio milionário de R$813 milhões do Pix dentro de um hotel 5 estrelas em Brasília
Quadrilha usou credenciais de empresa de tecnologia C&M Software para desviar milhões de contas ligadas ao sistema Pix, tudo isso dentro de um hotel de luxo no Distrito Federal
Na manhã desta quinta-feira (30/10), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Magna Fraus, que investiga uma quadrilha de hackers envolvida em um dos maiores ataques cibernéticos já registrados contra o sistema financeiro nacional. Segundo as investigações, o grupo teria desviado mais de R$813 milhões de contas usadas por bancos e instituições de pagamento ligadas ao Pix, sistema administrado pelo Banco Central. Contudo, um detalhe inusitado chamou a atenção das autoridades. O golpe milionário foi realizado em um local condizente com a quantia desviada: uma suíte do hotel Royal Tulip, em Brasília, um dos mais luxuosos da cidade.
Relembre o caso envolvendo o ataque hacker a C&M Software
O caso envolvendo o desvio milionário foi descoberto em julho deste ano, quando a empresa C&M Software, que presta serviços de tecnologia a instituições financeiras, relatou ao Banco Central um ataque às suas infraestruturas digitais. As investigações mostraram que os criminosos tiveram acesso a credenciais verdadeiras de clientes, como logins e senhas, e conseguiram entrar nos sistemas da empresa.
A partir daí, os criminosos tiveram acesso a contas de reserva mantidas por bancos e instituições de pagamento no Banco Central, um tipo de conta usada para movimentar grandes valores e garantir liquidez nas operações financeiras. Essas contas, vale lembrar, não pertencem a correntistas comuns, mas às próprias instituições financeiras. Ou seja: o golpe não atingiu ...
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