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OpenAI deve lançar primeiro processador de IA próprio até o final do ano

Projeto desenvolvido pela gigante busca reduzir a dependência tecnológica da Nvidia, que hoje detém cerca de 80% desse mercado; a OpenAI não comentou o assunto

10 fev 2025 - 17h37
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A OpenAI avança com seu plano de reduzir a dependência dos chips da Nvidia. A empresa de Sam Altman está em estágio final do desenvolvimento da primeira geração de processadores de inteligência artificial (IA) proprietário, segundo a agência de notícias Reuters.

O próximo passo é enviar o design do chip para a fabricação na Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) nos próximos meses, quando estima-se que o projeto esteja totalmente finalizado. O processo de enviar um primeiro design para uma fábrica de chips é chamado de 'tape-out'. A OpenAI e a TSMC se recusaram a comentar o assunto.

Esse avanço mostra que a OpenAI busca atingir a meta de produzir boa parte dos chips que utiliza nos seus modelos de IA na TSMC até 2026. Um tape-out custa alguns milhões de dólares e leva cerca de seis meses para finalizar a produção de chips, a menos que a empresa dona da patente impulsione a fabricação ao injetar mais dinheiro.

Não há garantia de que o chip funcionará na primeira tentativa e, caso falhe, a empresa precisará diagnosticar o problema e repetir o processo.

Dentro da OpenAI, o chip voltado para treinamento é visto como uma ferramenta estratégica para fortalecer o poder de negociação da empresa com outros fornecedores, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Após a conclusão dessa empreitada, os engenheiros da OpenAI devem focar esforços em um processador com mais funcionalidades, maior eficiência e melhor desempenho.

A equipe de Ho é menor do que os times de larga escala de outras gigantes, como a do próprio Google ou a da Amazon. Um projeto ambicioso de grande escala de qualquer uma dessas big techs pode custar US$ 500 milhões para uma única versão do chip, segundo fontes do setor com conhecimento sobre orçamento de design de chips disseram à Reuters. Esses custos podem dobrar se forem incluídos os valores gastos para o desenvolvimento de software e os periféricos necessários.

Fabricantes de modelos de IA generativa, como OpenAI, Google e Meta, demonstram que um número cada vez maior de chips interligados em data centers torna os modelos mais inteligentes. O resultado? A demanda por chips é crescente.

A Meta afirmou que gastará US$ 60 bilhões em infraestrutura de IA no próximo ano, enquanto a Microsoft planeja orçamento de US$ 80 bilhões para a área em 2025. Hoje, os dispositivos da Nvidia detêm cerca de 80% do mercado. A OpenAI também participa do programa de infraestrutura Stargate, de US$ 500 bilhões, anunciado por Donald Trump em janeiro.

O projeto Stargate juntou a OpenAI, Oracle e Softbank em volta da promessa de construir uma infraestrutura de inteligência artificial totalmente americana. As três empresas, juntamente com o parceiro de investimento MGX, com sede em Abu Dhabi, são os financiadores iniciais do Stargate. Além disso, a Arm, a Microsoft e a Nvidia também serão parceiros tecnológicos.

O chip da OpenAI, embora capaz tanto de treinar quando de executar modelos de IA, será implantado - inicialmente - em escala limitada, principalmente para rodar modelos de IA, segundo fontes. O chip terá papel restrito dentro da infraestrutura da empresa.

Para construir um programa tão abrangente quando os de IA do Google ou da Amazon, a OpenAI precisaria contratar centenas de engenheiros.

A TSMC fabrica os chips de IA da OpenAI com uma avançada tecnologia de processo de três nanômetros. O dispositivo tem arquitetura de matriz sistólica (systolic array) amplamente utilizada na indústria, com memória larga, também usada pela Nvidia em seus chips, e extensas capacidades de rede.

Estadão
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