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Nvidia se torna primeira empresa na história a valer US$ 5 trilhões; entenda motivos

Alta demanda por chips de IA tem impulsionado o domínio da companhia no mercado

29 out 2025 - 12h46
(atualizado às 13h01)
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A Nvidia se tornou nesta quarta, 29, a primeira empresa da história a superar a avaliação de US$ 5 trilhões, apenas três meses depois de atingir a marca dos US$ 4 trilhões em valor de mercado. O sucesso da companhia é impulsionado pela alta demanda de chips de inteligência artificial (IA), que viu um crescimento exorbitante após o lançamento do ChatGPT, da OpenAI, quando a tecnologia se tornou prioridade para gigantes da tecnologia.

A marca foi atingida após comentários do CEO Jensen Huang na conferência de desenvolvedores GTC da empresa nos EUA, nesta terça-feira, 28, onde ele revelou que a Nvidia garantiu mais de US$ 500 bilhões em pedidos para seus chips de IA até o final de 2026. O anúncio representa o que Huang descreveu como uma visibilidade sem precedentes da receita futura para uma empresa de tecnologia.

A ascensão da fabricante de chips foi rápida: ela ultrapassou US$ 1 trilhão em junho de 2023, US$ 2 trilhões em fevereiro de 2024 e US$ 3 trilhões em junho de 2024. A empresa estava avaliada em aproximadamente US$ 400 bilhões antes do lançamento do ChatGPT da OpenAI no final de 2022. ?

As ações subiram mais de 50% somente em 2025, adicionando mais de US$ 400 bilhões em capitalização de mercado em apenas dois dias de negociação. As ações da Nvidia fecharam acima de US$ 200 na terça-feira pela primeira vez, antes de subir ainda mais na manhã de quarta-feira.

"Acho que somos provavelmente a primeira empresa de tecnologia da história a ter visibilidade de meio trilhão de dólares [em receita]", disse Huang, referindo-se aos pedidos para a atual geração Blackwell da empresa e os próximos chips Rubin, com lançamento previsto para o próximo ano.

Após atingir a marca de US$ 5 trilhões, as ações da empresa viram uma alta de cerca de 3% na bolsa americana.

No câmbio desta quarta-feira, o novo valor da Nvidia equivale a cerca de R$ 26,6 trilhões, ou mais que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, de R$ 11,7 trilhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). de acordo com o Fundo Monetário Internacional, esse valor também ultrapassa o PIB do Reino Unido, do Japão e da Índia.

Na conferência desta terça-feira, Huang ainda anunciou parcerias com a Nokia, investindo US$ 1 bilhão para desenvolver equipamentos de telecomunicações que incorporam seus chips para redes 5G e 6G. A empresa também anunciou planos de colaborar com a Oracle na construção de sete supercomputadores para o Departamento de Energia dos Estados Unidos, com o maior sistema apresentando 100 mil chips Blackwell AI.

Huang enfatizou que os gastos de capital das principais empresas de computação em nuvem — Amazon, Meta, Google, Microsoft, Oracle e CoreWeave — devem chegar a US$ 632 bilhões até 2027. Os analistas do Morgan Stanley estimaram que os gastos de capital totais dessas empresas cresceriam 24% no próximo ano, para quase US$ 550 bilhões, enquanto os analistas do Citi elevaram sua previsão para US$ 490 bilhões para 2026, acima da estimativa anterior de US$ 420 bilhões.

Sucesso

A Nvidia passou os últimos dois anos vendo a demanda por seus chips de processamento neural estourarem com o avanço da tecnologia - trazendo resultados, principalmente, no crescente aumento de seu valor de mercado, que chegou a ultrapassar Microsoft e Apple no clube dos US$ 3 trilhões. Atualmente, a empresa mais próxima da Nvidia, que nesta quarta vale US$ 3,7 trilhões.

O avanço da Nvidia é um claro reflexo da empolgação em torno da IA. Em 2021, o seu valor era de US$ 735 bilhões. No final de 2024, a empresa já era a segunda mais valiosa do setor de tecnologia, avaliada em US$ 3,4 trilhões. Dentro do ranking da S&P 500, que lista as 500 maiores empresas do mundo, a Nvidia já aparece na frente de todas as empresas do chamado G7 (ou Magnificent Seven, em inglês). O grupo é composto por Apple, Google, Amazon, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.

O sucesso da Nvidia não seria possível, claro, se ela não tivesse tantos clientes interessados em seus chips de IA, o que indica que o interesse pela tecnologia está longe de esfriar. As suas principais parceiras demandam quantidades grandes o suficiente para manter a empresa líder no mercado.

De acordo com o jornal Financial Times, só em 2024, a Microsoft comprou cerca de 485 mil unidades de processadores da marca, mais que o dobro do que a segunda maior consumidora da Nvidia nos EUA, a Meta, que negociou cerca de 224 mil unidades. E a fila de espera para clientes menores é enorme. Neste ano, por exemplo, a Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu 64 novas unidades das GPUs B200 a um custo de R$ 40 milhões após meses de espera.

Para reduzir a dependência, várias das gigantes trabalham em seus próprios chips de IA - o Google vem fazendo avanços com a linha Tensor, enquanto a Amazon desenvolve seu processador Trainium. Já a Microsoft lançou o Maia, chip com capacidade para rodar LLMs da base do serviço Azure, de nuvem.

O potencial para ampliar o acesso ao mercado chinês impulsionou os ganhos desta quarta-feira. O presidente Donald Trump disse a bordo do Air Force One que planejava discutir o chip Blackwell da Nvidia com o presidente chinês Xi Jinping durante sua reunião na quinta-feira em Busan, na Coreia do Sul. Trump elogiou o processador Blackwell e disse que ele está "provavelmente 10 anos à frente de qualquer outro chip".

A discussão tem implicações significativas para a Nvidia, que foi efetivamente excluída da China — anteriormente um de seus maiores mercados — devido aos controles de exportação dos EUA e às restrições do governo chinês. Huang confirmou no início de outubro que a participação de mercado da empresa na China havia caído de 95% para zero. A perda custou bilhões em receita à Nvidia, com a empresa reportando apenas US$ 2,8 bilhões da China em seu último trimestre, ante US$ 15,5 bilhões no período anterior./COM FORTUNE

Estadão
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