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Musk promete testar dispositivo cerebral em humanos em seis meses

Bilionário afirmou que colocará implante da Neuralink na própria cabeça no futuro próximo; tecnologia pode ajudar pessoas com paralisia

1 dez 2022 - 13h57
(atualizado às 13h58)
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Elon Musk disse que a Neuralink está organizando documentos para o ensaio clínico de tecnologia cerebral com humanos
Elon Musk disse que a Neuralink está organizando documentos para o ensaio clínico de tecnologia cerebral com humanos
Foto: Poder360

O bilionário Elon Musk afirmou em uma palestra na quarta-feira (30) que a Neuralink, sua empresa no ramo de tecnologias que interagem com o cérebro, deve realizar testes implantando dispositivos na cabeça de humanos em aproximadamente seis meses. O CEO também afirmou que colocaria um aparelho em sua própria cabeça no futuro próximo.

A declaração ocorreu em uma palestra que mostrou as inovações da companhia. Durante a apresentação, Musk disse que a Neuralink está organizando todos os documentos requisitados pela Food and Drug Administration (FDA, o órgão regulador de saúde dos EUA), para o ensaio clínico com humanos.

O objetivo é criar um dispositivo que controle um computador por meio da atividade cerebral de uma pessoa. Para isso, uma peça com pequenas estruturas que se parecem com fios é implantada na cabeça do paciente em um processo que não deve durar mais do que 15 minutos, segundo DJ Seo, cofundador da Neuralink.

“É como substituir um pedaço do seu crânio por um smartwatch, por falta de uma analogia melhor”, disse Musk.

A companhia já havia divulgado informações sobre o progresso da tecnologia em animais. Em 2020, a empresa realizou implantes em porcos. No ano seguinte, postou um vídeo de um macaco jogando com o cérebro Pong, game que simula um jogo de pingue-pongue.

Na apresentação de quarta-feira, um primata pôde "digitar" a frase "bem-vindo à brincadeira 'mostrar e contar'" usando seu implante cerebral. Para isso, concentrou-se em palavras e letras destacadas. Outro vídeo mostrou um macaco sendo treinado para carregar aparelhos eletrônicos sentando-se sob um carregador sem fio.

Musk explicou que o macaco ainda não tinha aprendido a escrever, mas controlava o cursor com o cérebro para clicar nas teclas que ficavam coloridas. Esta última ação era conduzida por um humano.

“Não quero criar exageros. Fica para a próxima versão”, brincou o bilionário. Testes em humanos já haviam sido anunciados neste ano por Musk, mas foram adiados para 2023.

A expectativa da Neuralink é poder contribuir para tratamentos de recuperação da visão e restauração do movimento de pessoas com paralisia. Atualmente, a empresa se preocupa em criar um produto que possa ser atualizado facilmente.

“Tenho certeza de que você não iria querer um iPhone 1 em sua cabeça se um iPhone 14 estivesse disponível”, disse Musk.

Fonte: Redação Byte
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