Hackers invadem 'The Sun' e noticiam falsa morte de Murdoch
Após ter anunciado o fim das atividades no fim de junho, o grupo hacker LulzSec voltou a promover ataques. Dessa o alvo foi o site do jornal The Sun, que pertence ao grupo News International, que controlava o jornal News of the World, fechado na semana passada após o escândalo de escutas telefônicas ilegais. No ataque, o grupo hacker redirecionou a página inicial do jornal britânico para outra página, que noticiava a falsa morte do empresário Rupert Murdoch, dono do grupo. Depois disso, quem tentasse acessar o The Sun era direcionado ao perfil do LulzSec no Twitter. No momento, a homepage do jornal britânico está fora do ar.
Na falsa notícia, os hackers diziam que o empresário havia sido encontrado morto em seu jardim por overdose. Em sua conta no Twitter, os hackers confirmaram o ataque e afirmaram que essa é somente a "fase 1". O LulzSec ainda provocou as pessoas que tentavam entrar no site do tabloide britânico, pedindo que "Deus tenha piedade da sua alma". "TheSun.co.uk agora redireciona para o nosso Twitter. Olá a todas que querem visitar o The Sun! Como está seu dia? Bom? Bom!", postaram na rede de microblogs.
Mais cedo, o membro do LulzSec identificado como Sabu publicou no Twitter que hackers estavam "debruçados sobre e-mails (do Sun/News of the World)" e que divulgariam um comunicado na terça-feira.
Sabu também começou a publicar o que disse ser detalhes de contato e logins de funcionários da News International, incluindo a ex-executiva Rebekah Brooks. Não foi possível verificar se os dados eram verdadeiros.A News International afirmou que estava "ciente do que estava acontecendo e que equipes técnicas da empresa trabalhavam no caso.
Fechamento do jornal
O tabloide dominical britânico News of the World, o mais vendido do Reino Unido, foi fechado no dia 10 de julho por seu controlador, o grupo News International, subsidiária britânica da News Corp, devido ao envolvimento do jornal no escândalo de escutas telefônicas ilegais.
Publicado pela primeira vez há 168 anos, o jornal, cuja tiragem chegava a 2,8 milhões de exemplares a cada domingo, foi acusado de interceptar ligações pela primeira vez em 2006. Mas só em abril deste ano, o tabloide admitiu publicamente pela primeira vez ter interceptado mensagens deixadas na caixa postal de celulares de pessoas envolvidas em casos acompanhados pelo jornal.
O caso ganhou contornos de escândalo no início de julho, com a denúncia de que um detetive que trabalhava para o jornal teria grampeado o telefone celular - inclusive apagando mensagens - de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002.
Com informações da Reuters.