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IA pode ajudar a evitar catástrofes ambientais? Especialista comenta

O Canaltech falou com um especialista em IA para entender como a tecnologia pode ajudar a prevenir catástrofes ambientais

11 mai 2024 - 01h06
(atualizado às 04h24)
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Enfrentar qualquer tipo de catástrofe ambiental é um trabalho complexo que exige muita preparação, ainda mais quando toda a população de uma região é pega de surpresa. No entanto, é possível usar a tecnologia como aliada, ainda mais a IA que evolui a cada dia. O Canaltech conversou com um especialista para entender como a inteligência artificial pode ajudar a evitar esse tipo de problema — confira nas linhas a seguir.

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini / Canaltech

Previsão e adaptação

É claro que a ideia não é colocar robôs com IA para impedir fisicamente o avanço de enchentes ou incêndios. O foco do uso da tecnologia é principalmente na previsão e adaptação de mudanças climáticas que podem resultar em situações horrorosas como as vistas no Rio Grande do Sul.

Sendo assim, o CEO da MadeInWeb e especialista em inteligência artificial, Vinícius Gallafrio, falou ao Canaltech sobre o assunto. Segundo o executivo, a IA pode ser utilizada para analisar imagens aéreas e identificar áreas de risco, desmatamentos e movimentações de terra.

"Essas análises podem reduzir a quantidade de área que necessita de cobertura e facilitar a tomada de decisões eficazes", comenta Gallafrio. "Em casos de catástrofes ambientais, a IA pode cruzar esses milhares de dados com previsões de chuva e históricos de outros desastres, pois possui a capacidade de verificar milhares de parâmetros, simular todos os cenários possíveis e direcionar avisos dentro dos sistemas de alerta das cidades", continua.

É possível que com o uso de IA, cenas como esta sejam evitadas no futuro (Imagem: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
É possível que com o uso de IA, cenas como esta sejam evitadas no futuro (Imagem: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Foto: Canaltech

Sem custo excessivo, diz o especialista

Devido à inteligência artificial ser uma tecnologia bastante requisitada nos últimos anos, é possível imaginar que seja custosa para as empresas e instituições. No entanto, Gallafrio afirma que pouco mudaria.

"Não seria um custo muito diferente de outros investimentos feitos na área da tecnologia, pois não se trata de algo extremamente recente ou inacessível para grande parte da população", aponta. "É algo bastante difundido e que as empresas usam, então acredito que tenha bastante viabilidade, não teria nada restritivo para ser implementado", finaliza o especialista.

Empresas como as brasileiras Sipremo e a Fractal Engenharia já utilizam a IA na prevenção de eventos catastróficos naturais.

E a população?

Além de governos e companhias privadas, Gallafrio acredita que a população também poderia ter acesso à tecnologia para se preparar da melhor maneira possível em casos como o das enchentes no Rio Grande do Sul.

"A população poderia ter uma IA para fazer perguntas diretamente e receber orientações a partir de uma base de conhecimento da defesa civil, das boas práticas e do que deve ser feito em situações de risco", explica o CEO da MadeInWeb. "A Inteligência Artificial funcionaria basicamente como um canal de comunicação normal, podendo receber informações de forma autônoma para se preparar e saber o que fazer nessas situações de risco", conclui.

Como ajudar o Rio Grande do Sul

Por enquanto, ainda há muito o que fazer para auxiliar as vítimas assoladas pelas enchentes no RS. O site AjudeRS apresenta pontos de coleta para doações, enquanto canais oficiais aceitam Pix para ajudar as famílias que muito perderam na tragédia.

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