Fotos mostram riscos de reciclagem manual de lixo eletrônico

No Peru (foto), um projeto da Empa, que organiza treinamentos e apoia recicladores em diferentes lugares do mundo a partir de parcerias com a ONU e empresas do setor, ajudou a fortalecer pequenas empresas que reconstroem monitores de TV e outros equipamentos, para a revenda

Na Colômbia, empresas familiares de reciclagem encontraram modelos inovadores de negócios, como ocorre em uma empresa de Medellín, chefiada por mães de família e que emprega mães solteiras e pessoas portadoras de deficiência

Na América Latina, parte dos recicladores se organiza em pequenas empresas familiares que desmancham os equipamentos e vendem os metais para clientes menores e grandes empresas de reciclagem, o que lhes garante caráter formal mas não resolve completamente problemas com o armazenamento de equipamentos elétricos

Em Santiago, no Chile, processo é manual mas operadora utiliza máscara e luvas para lidar com lixo eletrônico

Crianças também se tornam mão de obras para o desmanche da sucata eletrônica, que segundo estimativas é capaz de gerar cerca de 2,4 quilos de ouro, mais de 900 quilos de cobre e 25 quilos de prata, que valeriam mais de US$ 250 mil (R$ 430 mil) se fossem completamente recuperados - dados de metais contidos em circuitos de 100 mil celulares

Em Nova Déli, na Índia, pequenos negócios de reciclagem e recuperação de metais são organizados em comunidades pobres, e o processo, como nos demais países, também é feito manualmente - aqui, etapa de separação de fios de cobre

Os resíduos deixados pelo processo de recuperação dos metais como o cobre, que utiliza ácido sulfúrico, contaminam lagos e rios na região

Província de Jiangsu, onde fica Taizhou, é o maior centro de reciclagem semi-informal de lixo eletrônico do mundo

Na Ásia, China e a Índia são os principais receptores de lixo eletrônico na Ásia, e também realizam alguns processos manualmente, como na imagem, registrada em Taizhou, na China, em que um homem queima uma placa de circuito eletrônico para remover metais utilizados na peça, liberando ao mesmo tempo componentes tóxicos no solo e no ar

Os equipamentos levados aos países africanos, como Benin, para serem revendidos a preços baixos, chegam 30% quebrados, sendo que apenas metade do total é consertada e revendida

Nestre centro de desmanche em Lagos, na Nigéria, separação das partes dos eletrônicos também feita manualmente, expondo trabalhadores a produtos tóxicos

Processo de "recuperação" de materiais como o chumbo, na foto, contido em baterias de carro é feito manualmente em Acra

Em Acra, testes feitos em uma escola próxima a um centro de reciclagem informal mostraram níveis de chumbo, cádmio e outros poluentes cerca de 50 vezes acima dos níveis considerados seguros.

No país africano, um dos principais receptores de eletrônicos de segunda mão da Europa e dos EUA, recicladores queimam partes de monitores e equipamentos que não serão utilizadas

E, Acra, capital de Gana, na África, área de descarte de eletrônicos deixa lixo a céu aberto