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Farmar aura, NPC e algoritmado: conheça as principais gírias tecnológicas das redes em 2025

Glossário das expressões das gerações Z e Alpha revela como a linguagem digital reflete comportamento, humor e ironia nas redes sociais

7 nov 2025 - 18h11
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Termos como farmar aura, NPC e algoritmado dominaram o vocabulário das redes em 2025 e refletem como as novas gerações se relacionam com o digital, tanto que, segundo o dicionário Collins, a expressão do ano é vibe coding, tendência da tecnologia que combina programação e inteligência artificial (IA).

A linguagem online deixou de ser nichada entre programadores ou gamers e passou a traduzir comportamentos: serve para medir o sucesso de um vídeo, ironizar o esgotamento emocional ou marcar pertencimento a um grupo.

Expressões que nasceram entre memes, jogos e vídeos curtos agora definem o jeito de falar da era digital
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Foto: Alice Labate/Estadão / Estadão

A seguir, veja as principais gírias da tecnologia usadas pelas gerações Z (nascidos entre 1997 e 2012) e Alpha (nascidos a partir de 2013) este ano.

Farmar aura

A expressão criada pela Geração Alpha junta o verbo farmar (acumular recursos, na linguagem dos jogos) com aura, entendida como carisma.

Farmar aura significa construir uma imagem admirável nas redes, alguém "interessante", "cool" ou "inspirador". Na prática, quem "farma aura" escolhe com cuidado o que posta: fotos com boa luz, vídeos bem editados e legendas planejadas.

O objetivo é parecer espontâneo, mesmo não sendo, então a gíria é usada com ironia, para apontar o esforço por trás da aparência natural.

Flopar

Do inglês flop (fracasso), o verbo significa não alcançar o sucesso esperado.

Nas redes sociais, "flopar" é quando um post, vídeo ou música não engaja, não gera curtidas, comentários ou visualizações. O termo é usado de forma leve e até cômica: "meu vídeo flopou" virou um desabafo comum.

Hitar

Derivado de hit (sucesso), "hitar" é o oposto de "flopar", ou seja, quando algo viraliza diz-se que "hitou".

O termo nasceu entre fãs de música pop e criadores de conteúdo, mas hoje se aplica a qualquer tipo de produto: "meu trabalho na faculdade hitou ontem".

Crashar

"Crashar" vem do inglês crash, usado em tecnologia para indicar falha ou travamento.

O termo saiu do jargão técnico e ganhou um sentido humano: quando alguém "crasha", significa que desabou de cansaço, travou emocionalmente ou simplesmente "apagou".

É comum ver nas redes sociais desabafos como "cheguei em casa e crashei" para dizer que alguém dormiu de exaustão.

Shadowban

Termo que significa "banimento nas sombras", é quando uma plataforma reduz o alcance de um perfil sem avisar o usuário, ou seja, o conteúdo ainda está no ar, mas é exibido para menos pessoas. Criadores de conteúdo usam o termo para explicar quedas repentinas de engajamento, muitas vezes sem explicação clara.

O uso também se expandiu para a vida real: "me deram shadowban" pode significar estar sendo ignorado ou deixado de lado.

Ban / Desban

"Ban" é do inglês que significa "banir" e é muito usada em fóruns e jogos para expulsar usuários que quebraram regras.

Hoje, o termo ultrapassou o mundo virtual e virou gíria cotidiana: "dei ban naquela pessoa" significa cortar relações ou bloquear nas redes, virando uma espécie de "cancelamento" na vida real. Já "desban" é o oposto e quer dizer perdoar ou dar uma nova chance.

Algoritmado

Estar "algoritmado" é agir conforme as regras invisíveis dos algoritmos, como postar no horário certo, seguir tendências, usar sons populares.

É a ironia de quem sabe estar sendo influenciado pelos apps de rede social, mas segue o jogo para continuar relevante online.

NPC

Sigla de non-playable character, usada em jogos para designar personagens automáticos, nas redes sociais, o termo passou a nomear pessoas que parecem viver no "modo automático", repetindo comportamentos e opiniões.

Chamar alguém de "NPC" é acusá-lo de ser previsível demais ou de ser "sem sal".

Outras gírias de 2025

Entre as expressões que completam o vocabulário digital de 2025, "servindo" se tornou o elogio máximo das redes, vinda da cultura drag e da moda, a palavra indica que alguém "entregou tudo", em estilo ou atitude. No mesmo universo, "lacrar" mantém o sentido de "arrasar" ou "fechar com chave de ouro", mas hoje aparece também com ironia, usada para brincar com quem tenta chamar atenção de forma exagerada e "não consegue lacrar".

Outras expressões nasceram do humor e da autocrítica das redes. "Fanfiqueiro", por exemplo, é quem vive inventando histórias e dramas que nunca aconteceram, e "delulu", abreviação de delusional, segue a mesma linha, mas com tom mais leve; é a forma divertida de admitir que alguém está se iludindo.

Há também gírias usadas para expressar cansaço, como a expressão "coringar", inspirada no personagem Coringa, que virou verbo para descrever surtos momentâneos ou colapsos emocionais. Já "performática" é usada de modo crítico para apontar comportamentos que parecem ensaiados demais, quando alguém age mais para ser visto do que por espontaneidade.

Outras palavras se consolidaram pelo uso cotidiano e pela influência dos jogos como "sus", herdada do jogo Among Us, que virou expressão universal para indicar algo suspeito, fora do comum. "Sigma", por sua vez, é um termo original da Geração Alpha, e vem do arquétipo do "homem solitário e autossuficiente", passando a ser usado com ironia para retratar quem leva essa ideia a sério demais.

Estadão
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