EUA gastaram tanto tempo desenvolvendo F-35 que perderam corrida do futuro: dos drones de combate
Combate do futuro não será vencido com alguns sistemas sofisticados, mas com ondas de plataformas baratas e versáteis, prontas para saturar defesas
O que começou como um segredo nas Forças Armadas passou a ser assunto nacional: o Pentágono reagiu tardiamente e de forma negativa à revolução dos drones. Enquanto Ucrânia e Rússia integram plataformas baratas, descartáveis e eficazes em ritmo vertiginoso, e a China não sabe o que fazer com tantos drones, Washington se vê enredada em burocracia, prioridades herdadas e uma cultura de compras que trata os drones como "novas aeronaves" e não como munição de baixo custo e produzida em massa.
No fundo, um impasse: para antecipar a ameaça chinesa e russa, eles precisam... da China e da Rússia.
O campo de batalha contemporâneo tem sido marcado por uma mudança estrutural: drones baratos, massivos e descartáveis tornaram-se a arma assimétrica decisiva, capaz de alterar o equilíbrio de poder entre grandes e pequenas potências.
A Ucrânia, com criatividade constante e um fluxo incessante de adaptações, demonstrou que um exército com recursos limitados pode neutralizar blindados, aeronaves estratégicas e linhas logísticas russas por meio de enxames de drones de curto e médio alcance.
Enquanto isso, o Pentágono, apesar de reconhecer publicamente a ameaça, está perigosamente atrasado. A declaração do General James Mingus, que comparou os drones atuais ao impacto devastador dos dispositivos explosivos improvisados no Iraque, resume o dilema: trata-se do "IED de hoje", uma arma transformadora à qual os Estados Unidos ainda não reagiram com a urgência necessária.
Cegueira estratégica
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