"Estamos a poucos meses de uma tragédia": as vans elétricas não vendem e Stellantis ameaça fechar fábricas
A pressão das montadoras é para que o prazo de eliminar os carros a combustão em 2035 seja revisado
O chefe europeu do grupo Stellantis, Jean Philippe Imparato, alertou esta semana que, não bastasse as vendas de carros elétricos não estarem alcançando os níveis esperados (sendo que estamos a 10 anos da proibição da venda de veículos a diesel e gasolina na Europa), as vendas de vans elétricas também não. Na verdade, estão ainda piores.
"Estamos a poucos meses de uma tragédia", advertiu Jean-Philippe Imparato, levantando o fantasma do fechamento de fábricas durante uma visita à planta do grupo em Hordain, no norte da França.
A poucos meses do fechamento de fábricas, segundo a Stellantis
A Stellantis afirma que corre o risco de uma multa de 2,6 bilhões de euros em três anos, até o final de 2027, caso o mercado se mantenha no nível atual de 9% de veículos comerciais elétricos. A meta estabelecida pela Europa é de cerca de 24% para 2027, segundo a Stellantis.
"Se eu pagar essa multa, terei que fechar fábricas, está escrito", porque no final será necessário limitar a produção de veículos a diesel para atingir a cota de elétricos, explicou Jean-Philippe Imparato.
E em um mercado onde a imensa maioria das vendas é de motores a diesel, muitas de suas fábricas se tornariam redundantes, garante a Stellantis. Além da fábrica de Hordain (França), a de Vigo é uma das que mais produz veículos comerciais, se não a que mais.
Os veículos comerciais e industriais leves estão sujeitos à mesma futura proibição em 2035 que os carros de passeio. Atualmente, as vans a diesel são responsáveis ...
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